- O presidente da Assembleia da República abriu a sessão plenária evocando Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, aos 45 anos da queda do avião em Camarate que ceifou sete vidas.
- As palavras de José Aguiar-Branco foram aplaudidas por todos os deputados.
- Recordou que Sá Carneiro e Amaro da Costa tinham sido eleitos deputados meses antes, em eleições legislativas de 1980, e descreveu os cargos que desempenhavam.
- O presidente afirmou que, quarenta e cinco anos depois, não se sabe como seria o país sem as suas mortes, mas sabe-se o legado e o projeto que defendiam.
- O acidente ocorreu a 4 de dezembro de 1980, quando o Cessna que seguia para o Porto se despenhou em Camarate, envolvendo também outros membros da comitiva.
Na abertura da sessão plenária da Assembleia da República, o presidente evoca Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, no 45º aniversário da queda do avião em Camarate. O tributo ocorreu diante de todos os deputados, com aplausos à passagem do tema histórico para o Parlamento.
José Aguiar-Branco recordou que Sá Carneiro e Amaro da Costa, eleitos nas legislativas de 1980, eram duas figuras centrais do início da democracia portuguesa. O presidente do parlamento descreveu-os como democratas, estadistas e homens que perderam a vida ao serviço do país.
O responsável destacou que, quarenta e cinco anos depois, importa recordar o legado e o que poderiam ter realizado, caso o curso político não tivesse sido interrompido dessa forma trágica. O tom foi de reconhecimento institucional e de compromisso com as ideias defendidas pelos dois.
Contexto histórico
Em 4 de dezembro de 1980, o Cessna que transportava Sá Carneiro, então primeiro-ministro, e Amaro da Costa, ministro da Defesa, caiu em Camarate, a norte de Lisboa. Entre as vítimas estavam ainda Snu Abecassis, Manuela Amaro da Costa, António Patrício Gouveia, Jorge Albuquerque e Alfredo de Sousa.