- Foram encontradas ânforas com favas e um grande cesto de peras ou maçãs numa divisão do edifício do primeiro andar de Civita Giuliana, perto de Pompeia, junto a ferramentas agrícolas.
- Os alimentos complementavam grãos na alimentação de cerca de 50 escravos que viviam em celas de cerca de 16 m² com até três camas.
- O armazenamento no piso superior protegia os mantimentos de roedores e facilitava a distribuição diária por idade, sexo e função.
- A estimativa aponta que alimentar os 50 escravos exigiria cerca de 18.500 quilos de cereais por ano, o que implicaria cerca de 25 hectares de terras agrícolas.
- As escavações, financiadas com 140.000 euros, concentram-se no setor norte dos aposentos dos criados, desde 2017, com demolição de construções modernas para ampliar as escavações e preservar a planta da aldeia.
Numa divisão do edifício localizado no primeiro andar da aldeia de Civita Giuliana, perto de Pompeia, foram encontradas ânforas com favas e um grande cesto de peras ou maçãs, ao lado de ferramentas agrícolas. A descoberta foi comunicada pelo Parque Arqueológico de Pompeia.
As peças alimentares, que se somavam aos grãos da dieta, indicam armazenamento adicional para a população escravizada. O objetivo era proteger os alimentos de roedores e facilitar a distribuição diária conforme idade, sexo e função dos escravos.
Estima-se que cerca de 50 escravos viviam em celas de aproximadamente 16 m², com até três camas. O armazenamento no piso superior reforçava a logística de ração e a vigilância do abastecimento, conforme divulgações oficiais.
Dados indicam que alimentar esse grupo exigia cerca de 18.500 kg de cereais por ano, o que implicaria uma produção agrícola associada a uma área de cerca de 25 hectares. A conclusão resulta da análise dos materiais encontrados.
As escavações, apoiadas por 140.000 euros de financiamento, concentram-se no setor norte dos aposentos dos criados, sob a Via Giuliana. A investigação, em curso desde 2017, envolve a colaboração com a Procuradoria de Torre Annunziata.
O projeto prevê a demolição de estruturas modernas que afetam os aposentos dos criados e a ampliação das escavações para reconstruir a planta da aldeia, assegurando a preservação e valorização do sítio.