- Em Tuam, no oeste da Irlanda, foi descoberto um segundo cemitério de bebés no local onde funcionou entre 1925 e 1961 o Lar para Mães e Bebés.
- Em 2024 foram encontrados 11 restos mortais de bebés neste novo espaço, incluindo quatro no mês anterior; escavações seguem com apoio de centenas de voluntários para ADN.
- A área fica entre 50 e 100 metros do local onde, em 2017, foram identificadas quantidades significativas de restos humanos.
- Ao longo de 36 anos (1925-1961) morreram quase 800 crianças no lar; a investigação começou em 2014 após denúncia de 792 certidões de óbito sem local de enterro.
- Novas revelações são esperadas para fevereiro de 2026, com as escavações a serem interrompidas durante o período festivo; os restos estão a ser analisados forensemente e tiveram ADN recolhido junto de interessados.
Um segundo cemitério de bebés foi descoberto no terreno onde funcionou entre 1925 e 1961 o Lar para Mães e Bebés, em Tuam, no oeste da República da Irlanda. A descoberta aflora em escavações em curso, com a área situada a cerca de 50 a 100 metros do local onde, em 2017, foi encontrado um conjunto significativo de restos humanos.
A instituição assinou um marco sombrio na história irlandesa, com quase 800 crianças a morrer entre 1925 e 1961. A investigação começou em 2014, após a historiadora Catherine Corless denunciar 792 certidões emitidas sem indicação de local de sepultura. O caso levou a um pedido de desculpas do Governo em 2021.
Descoberta recente e dados atualizados
As escavações, que contam com a participação de centenas de voluntários para recolha de ADN, já identificaram 11 restos mortais de bebés desde 2024, sendo quatro encontrados no mês anterior. Os corpos são encaminhados para análise forense.
Mais de uma centena de pessoas já contribuíram com amostras de ADN para ajudar a identificar os corpos, que permanecem sob análise. O local foi associado a uma rede de lares onde meninas grávidas e mães solteiras eram encaminhadas para dar à luz em segredo.
Perspetivas e próximas etapas
O jornal The Irish Times indica que as escavações continuarão em fevereiro de 2026, após um intervalo por festividades. Esperam-se novas revelações sobre a extensão desta prática histórica e as respectivas identidades, com o avanço das análises forenses.
