Em Alta desportofutebolpessoasinternacionaisnotícia

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?

PCP quer ouvir Fernando Alexandre e Livre condena declarações estigmatizantes

PCP requer audição urgente do ministro da Educação no parlamento sobre declarações que associam degradação de residências a rendimentos, gerando críticas da oposição

Telinha
Por
Fernando Alexandre, ministro da Educação — FOTO: Vítor Mota
0:00 0:00
  • O PCP vai requerer audição urgente do ministro da Educação na Comissão de Educação para questionar as declarações e confrontar a defesa de que a educação é um direito de todos, conforme a Constituição.
  • O Livre condena as declarações como estigmatizantes e graves, destacando que os serviços públicos devem ser para todos, sem privilégiações.
  • O ministro Fernando Alexandre defendeu que as residências públicas devem acolher alunos de vários estratos sociais; caso contrário, com prioridade aos bolseiros, podem degradar-se mais rapidamente.
  • O Governo afirma ter ocorrido descontextualização das palavras e garante que não considera que cidadãos de baixos rendimentos degradem serviços públicos; o ministro pediu reflexão sobre o modelo de gestão das residências.
  • Diversas bancadas criticaram as palavras, com pedidos de explicações e alertas para consequências políticas; a situação ainda não tem resolução.

O PCP vai apresentar um requerimento para ouvir de forma urgente o ministro da Educação no Parlamento, na sequência das declarações de Fernando Alexandre sobre o funcionamento das residências universitárias. O grupo parlamentar pretende confrontar o ministro com a sua conceção e com as opções apresentadas, citando princípios constitucionais sobre o direito à educação para todos.

A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, salientou que a Constituição reconhece a educação como direito universal e que tal ideia deve ser respeitada. As declarações de Fernando Alexandre geraram críticas de várias formações políticas, que qualificaram o discurso de grave e inaceitável.

O ministro da Educação afirmou, mais tarde, que as palavras foram mal interpretadas, sustentando que o tema é sobre gerir serviços públicos que podem ser usados por pessoas com rendimentos mais baixos. A defesa foi feita em entrevista na RTP-Notícias, segundo a qual houve descontextualização.

Reações políticas e institucionais

Paula Santos afirmou que as declarações são graves e que o Governo deve esclarecer a posição sobre o acesso equitativo aos estudos superiores, rejeitando qualquer ideia de exclusão de estudantes com menos recursos. O PCP acusa o Executivo de desvalorizar o investimento em residências públicas.

A deputada do Livre, Patrícia Gonçalves, classificou os comentários como estigmatizantes e graves, defendendo que os serviços públicos devem servir a todos, sem privilegiar um grupo específico. Ela pediu explicações ao ministro e avaliação de consequências.

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, classificou as afirmações como desfasadas da realidade e alertou para o risco de governar apenas para uma elite estudantil. Espera que o Governo forneça respostas sociais adequadas para estudantes deslocados.

O Bloco de Esquerda reagiu pelo presidente José Manuel Pureza, que criticou a responsabilização dos estudantes mais pobres pela degradação de residências. O partido pediu esclarecimentos e um pedido de desculpas do ministro ao país.

Contexto da posição do Governo

O Ministério da Educação já emitiu comunicado a negar qualquer afirmação de que cidadãos de baixos rendimentos degradariam serviços públicos. A tutela sustentou que o foco é a gestão das residências e não o uso educativo por parte de estudantes com menos recursos, mencionando que o ministro solicitou reflexão sobre o modelo de gestão ao CNIPES.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais