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Consórcio do TGV nega que questões financeiras tenham motivado propostas

Responsável do AVAN Norte rejeita que questões financeiras expliquem as propostas; propõe estação em Vilar do Paraíso, duas pontes e menos túnel, com 136 demolições e foco na segurança

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  • O consórcio AVAN Norte, responsável pelo primeiro troço da linha de alta velocidade Porto-Lisboa, rejeitou que questões financeiras estivessem na base das propostas alternativas ao contrato, afirmando que não foi esse o motivo determinante.
  • O contrato assinado a 29 de julho prevê a estação de Gaia em Santo Ovídio, com ligação a duas linhas de metro, mas, em outubro, o consórcio apresentou uma proposta para uma estação em Vilar do Paraíso e duas pontes, em vez de uma rodoferroviária sobre o Douro.
  • O traçado foi alterado, com menos parte em túnel (6,3 quilómetros) do que o previsto no estudo prévio (11,4), resultando em 136 demolições em Vila Nova de Gaia e no Porto, das quais 109 são habitações e 27 empresas, segundo a Lusa.
  • O responsável afirmou que a segurança é o principal enjeçamento por trás das alterações, defendendo que dividir o túnel em blocos aumenta a evacuação em caso de acidente e reduz distâncias de eventual fuga.
  • Sobre a legalidade e a competição, disse que outras empresas poderiam ter concorrido e que a localização da estação envolve aspetos jurídicos; garantiu que a posição do consórcio está juridicamente fundamentada pelos seus juristas.

Um responsável do consórcio AVAN Norte, encarregado de construir o primeiro troço da linha de alta velocidade Porto-Lisboa, negou nesta sexta-feira que questões financeiras estejam na base das propostas alternativas ao que estava previsto no contrato. A equipa propôs uma estação em Vilar do Paraíso e duas pontes separadas, em vez de uma rodoferroviária sobre o Douro, alterando também o traçado com menos túnel.

O responsável explicou que a redução do túnel e o foco na segurança fundamentam as mudanças. Foi referido um total de 136 demolições previstas em Vila Nova de Gaia e no Porto, incluindo 109 habitações e 27 empresas, segundo a Lusa. Reiterou que o fator financeiro não foi determinante, reconhecendo, porém, a existência de aspetos financeiros, de segurança e ambientais.

O projeto mantém o corredor de base e envolve a assinatura de um contrato de concessão de 29 de julho, que previa a estação de Gaia em Santo Ovídio ligado a duas linhas de metro. As alterações passaram a contemplar uma estação em Gaia mais próxima da superfície e um traçado menor em túnel, com a ideia de reduzir impactos na superfície.

Proposta centra-se na segurança

O engenheiro explicou que dividir o tunelamento em vários blocos, o maior com 3,5 quilómetros, aumenta a possibilidade de saída em caso de acidente, o que contribui para a segurança local. A solução também facilita evacuações e reduz trajetos extensos de fuga.

Quanto à base jurídica, o responsável afirmou que existiu fundamentação jurídica para justificar as alterações, sustentando que outras empresas podiam ter concorrido, desde que o corredor de 400 metros de largura fosse respeitado. Sobre a localização da estação, admitiu que existem aspetos legais a considerar, mas garantiu que não havia impedimento claro ao redesenho.

O executivo reforçou que a avaliação incluiu impactos de segurança, ambientais e sociais, com o objetivo de reduzir demolições e manter a viabilidade do projeto. Acrescentou que as demolições previstas visam compensar pessoas deslocadas com realojamento adequado e que o conjunto da operação foi estudado ao detalhe ao longo de meses de análise.

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