- O grupo Estado Islâmico celebrou ter inspirado o ataque contra a comunidade judaica de Sidney, na Austrália, mas não reivindicou a autoria.
- O ataque na praia de Bondi foi realizado por pai e filho muçulmanos; o pai foi abatido pela polícia e o filho, de 24 anos, ficou gravemente ferido.
- O incidente durou cerca de nove minutos e deixou 15 mortos, entre 10 e 87 anos, além de 42 feridos.
- A polícia australiana apresentou 59 acusações contra Naveed Akram, atacante sobrevivente, incluindo homicídio e terrorismo; ele permanece sob custódia no hospital.
- O primeiro-ministro australiano anunciou reformas legais para combater ódio, com criação de crime agravado de discurso de ódio para pregadores e líderes que promovem violência e penas mais severas para discursos que incitam atos violentos.
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) celebrou ter inspirado o atentado na comunidade judaica de Sidney, ocorrido no domingo passado, na praia de Bondi. O ataque deixou 16 mortos, incluindo um dos atacantes, e 42 feridos. O incidente durou cerca de nove minutos e ocorreu num local de celebração da Hanukkah.
O ataque foi realizado por dois muçulmanos, pai e filho. O pai foi abatido pela polícia no local; o filho, de 24 anos, ficou gravemente ferido e permanece sob custódia policial no hospital após sair do coma. A polícia australiana qualificou o ataque como terrorista e antissemita.
A polícia já apresentou 59 acusações contra Naveed Akram, o atacante sobrevivente, incluindo homicídio e terrorismo. A Equipa Conjunta de Combate ao Terrorismo de Nova Gales do Sul indicou que ele continua internado com ferimentos graves.
O EI comenta o ataque
Num editorial do panfleto al-Naba, intitulado “Orgulho de Sidney”, o EI afirmou ter tentado atingir judeus e cristãos durante feriados e encontros, mas não reivindicou diretamente a autoria. Chamou os atacantes de “leões” e afirmou que o feriado de Hanukkah se tornou num funeral.
Repercussões políticas e legais
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu medidas ocidentais mais firmes contra o antissemitismo e a proteção de comunidades judaicas. A autoridade australiana contestou a posição internacional sobre o reconhecimento da Palestina.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, anunciou reformas legais para enfrentar discurso de ódio e radicalização. O pacote inclui crime agravado de discurso de ódio para pregadores e penas mais severas para incitação à violência.
Entre na conversa da comunidade