- No final de novembro, o volume armazenado nas bacias superou a média histórica, com quatro bacias acima de oitenta por cento e dezoito das sessenta albufeiras acima de oitenta por cento, destacando Oeste e Douro.
- O Instituto Português do Mar e da Atmosfera indica que novembro foi muito chuvoso, com cerca de cento e oitenta por cento da média, o terceiro novembro mais chuvoso desde 2000 no continente.
- Destaca-se o tornado de Albufeira, com vento máximo estimado em duzentos e vinte quilómetros por hora, que causou três mortos, feridos e desalojados.
- A depressão Cláudia trouxe chuva forte, granizo e trovoadas intensas; houve quinze extremos de precipitação em novembro, sendo cinco absolutos.
- As bacias com menos água foram Barlavento, Sado, Mira e Ave; Oeste e Douro foram as de maior volume, com quarenta e cinco a setenta e um por cento, respetivamente.
O Serviço Nacional de Informação sobre Recursos Hídricos (SNIRH) revela que, no final de novembro, os armazenamentos de água em Portugal continental superaram a média histórica. Quatro bacias ficaram acima de 80% e 19 das 60 albufeiras monitorizadas superaram esse patamar, com quatro abaixo de 40%. Oeste e Douro foram as que registaram os maiores volumes, reforçando a tendência de água disponível a jusante. O IPMA registou novembro muito chuvoso, com precipitação próxima de 180% da média.
Destaque ainda para o tornado ocorrido em Albufeira, que provocou ventos máximos estimados em 220 km/h. O evento causou três mortos, feridos e desalojados, associados a danos diversos. Paralelamente, a depressão Cláudia trouxe chuva intensa, granizo e trovoadas, contribuindo para um conjunto de fenómenos severos.
Além disso, o mês registou 15 extremos de precipitação para novembro, cinco dos quais classificados como extremos absolutos. Os distritos de Coimbra, Barreiro, Figueira da Foz, Leiria e Alcobaça enfrentaram ocorrências de precipitação fora do comum, segundo os dados preliminares do IPMA.
Análise dos dados de armazenamento
As bacias do Oeste e do Douro mostraram os maiores níveis de água, com 90,8% e 81,7% de disponibilidade, respetivamente. Seguiram-se Tejo (80,4%), Guadiana (80%), Cávado (78,6%), Mondego (76,5%), Arade (74%) e Lima (71,9%). A região com menor conteúdo hídrico foi Barlavento, em 45,8%, mantendo-se muito abaixo do desejado. Em outubro, o valor nessa bacia tinha estado em 44,4%.
Sado, Mira e Ave tinham, respetivamente, 51,5%, 53,7% e 56,7% de água disponível, situando-se entre as bacias com menor contenção de recursos. Num contexto de 60 albufeiras, algumas podem ter várias destas estruturas ligadas a cada bacia hidrográfica.