- Regulamentação mais exigente e maior transparência estão a alterar a forma como as empresas gerem a sustentabilidade, com o volume de dados ESG a aumentar.
- A EcoVadis aponta uma convergência entre sustentabilidade, gestão de risco e inovação tecnológica, prevendo que em 2026 as estratégias corporativas sejam influenciadas por estas tendências, já com IA a gerir dados ESG e a automatizar parte dos reportes.
- A medição das emissões passa a basear-se em dados verificados recolhidos junto da cadeia de valor, especialmente a nível de produtos e fornecedores, para facilitar planos de descarbonização mais robustos e comparações entre opções com impactos climáticos diferentes.
- O cumprimento regulatório evolui para um modelo contínuo de conformidade, com a resiliência a incluir riscos como tensões geopolíticas, ciberataques e impactos climáticos, apoiada por mapeamento com IA, gémeos digitais e rastreabilidade baseada em blockchain.
- A função de compras passa a orientar-se para criação de valor a longo prazo, considerando o custo total de propriedade e riscos operacionais, com maior cooperação com fornecedores em áreas como economia circular, recuperação de materiais e desenvolvimento de produtos sustentáveis.
O aumento das exigências regulatórias e da transparência está a mudar a forma como as empresas encararam a sustentabilidade. O foco passa do cumprimento formal para a gestão do risco e a resiliência operacional, com dados ESG cada vez mais volumosos e complexos.
Para a EcoVadis, a evolução resulta da convergência entre sustentabilidade, gestão de risco e inovação tecnológica. Em 2026, prevê-se que a IA tenha um papel mais ativo na gestão de dados ESG, monitorizando indicadores e alterações regulatórias.
A automatização do reporte regulatório ganha impulso. Partidas relevantes do reporte deverão ficar mais eficientes, uma vez que a IA facilita a gestão de informação dispersa entre diferentes sistemas. As empresas ganham consistência na linguagem de compliance.
A medição de emissões também muda. Dados verificados junto da cadeia de valor, incluindo níveis de produto e fornecedores, substituem estimativas genéricas. Isto reforça planos de descarbonização e permite comparações mais rigorosas entre opções com impactos climáticos distintos.
Desdobramentos operacionais
O cumprimento normativo passa a exigir conformidade contínua, com o aumento de leis globais de diligência devida. A resiliência passa a abranger riscos como tensões geopolíticas, ciberataques e impactos climáticos.
A EcoVadis aponta para maior uso de tecnologias como mapeamento com IA, gémeos digitais e rastreabilidade baseada em blockchain. Estas ferramentas permitem acompanhar a cadeia de valor com mais detalhe e detetar vulnerabilidades precocemente.
A função de compras emerge como eixo estratégico. Em 2026, decisões de aprovisionamento devem privilegiar valor a longo prazo e não apenas custos imediatos, incidindo no custo total de propriedade e riscos futuros ligados ao carbono.
Integração de dados e novas parcerias
Haverá maior cooperação com fornecedores em áreas como economia circular, recuperação de materiais e produtos com credenciais de sustentabilidade superiores. A integração de dados entre finanças, legal, operações e ESG torna-se essencial.
A centralização de informação pretende eliminar inconsistências entre departamentos e sustentar relatórios mais robustos. Além de facilitar o cumprimento regulatório, a arquitetura única de dados pode aumentar a eficiência interna.
Em conjunto, as tendências sugerem uma transformação estrutural na gestão de sustentabilidade e risco. Empresas que fortalecem a arquitetura de dados, adotam métricas verificadas e monitorização contínua estarão mais preparadas para 2026.
Para decisores de tecnologia e compras, a sustentabilidade deixa de ser um tema periférico. As escolhas tecnológicas atuais passam a determinar a capacidade de resposta regulatória e a resiliência da cadeia de valor.
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