- O Orçamento Municipal de Lisboa prevê um aumento de 56,9% para Segurança e Proteção Civil, totalizando mais de 10,2 milhões de euros.
- A PSP e a Polícia Municipal enfrentam carências de recursos humanos, segundo a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP).
- A Câmara apresentou um documento que não esclarece a aplicação das verbas, apesar de anunciar reforço de videovigilância.
- A ASPP defende que a videoproteção não substitua efetivos e que 1,4 milhões destinam-se à compra de 63 câmaras.
- Questiona-se ainda quem decide os meios a levar ao terreno; para a ASPP, 63 câmaras em Lisboa equivalem a duas ou três vias importantes, levantando o debate sobre eficácia.
O Orçamento Municipal de Lisboa prevê um aumento de 56,9% para a área de Segurança e Proteção Civil, atingindo mais de 10,2 milhões de euros, segundo o Diário de Notícias. A medida surge no âmbito do documento financeiro da Câmara Municipal.
Entre as justificações, destacam-se carências de recursos humanos na PSP de Lisboa e na Polícia Municipal, citadas como apontamentos centrais. A Câmara não explica detalhadamente a aplicação de todas as verbas, embora confirme reforços na videovigilância.
Investimento em videovigilância e necessidade de efetivos
A proposta orçamenta 1,4 milhões de euros para ampliar a videoproteção, com a instalação de 63 câmaras. A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia ressalta que o foco não deve residir apenas no equipamento, mas na presença de efetivos no terreno, para além de questionar quem decide os meios a utilizar.
63 câmaras são apresentadas como complemento, não substituição, da atuação humana. Em Lisboa, a ampliação de câmaras é vista como parte de uma estratégia que precisa de clareza sobre prioridades e gestão de recursos humanos, segundo a ASPP.