- Segundo a lenda, uma freira criou o Pito no Convento de Vila Real, inspirada em Santa Luzia, ligando a iguaria à religiosidade e à ajuda aos pobres.
- A tradição evoluiu para um símbolo local, que ganhou contornos populares, mantendo-se com uma receita de massa de farinha, recheio de abóbora, açúcar e canela.
- Hoje é mantida por pessoas de todas as idades, com o costume de mulheres oferecerem o Pito a homens para receber Gancha na festa de São Brás, a 3 de fevereiro.
- A Gancha é um doce em forma de bengala feito à base de açúcar caramelizado, trocamente oferecido entre as partes no evento.
- Receita resumida: massa com farinha, sal, água e ovo; recheio de abóbora cozida, açúcar e canela; fecha-se o quadrado de massa em trouxinha e leva-se ao forno.
Logo que se aproxima a festa de São Brás, a tradição do Pito de Vila Real volta a ganhar expressão popular. Segundo a lenda, uma freira do Convento de Vila Real criou o doce inspirado em Santa Luzia, dando origem a uma iguaria sazonal associada à fé.
Ao longo dos anos, a prática foi ganhando contornos mais populares e românticos. Hoje, pessoas de todas as idades promovem a troca de Pito entre mulheres que o ofertam aos homens, que, por sua vez, devolvem Gancha, na celebração de 3 de fevereiro.
A narrativa descreve que a freira Maria Ermelinda Correia, nascida em Vila Real, terá concebido o Pito no convento. A receita mistura massa simples com recheio de abóbora, adoçado com açúcar e canela, seguindo tradições de cozinha conventual.
Origens e tradição
A lenda sustenta que a freira, ligada a Santa Luzia, criou o doce ao zelar pelos doentes. A iguaria ganhou significado religioso e, com o tempo, passou a ser uma prática cultural ligada ao amor e à partilha na região.
A versão histórica aponta que o Pito nasceu como uma recompensa aos pobres e doentes, associada a rituais locais. Na atualização atual, o doce é produzido por diversas pessoas, num ritual que também envolve a partilha social.
Como se faz o Pito
A receita descreve massa de farinha, ovo, água e sal, estendida em quadrados. Recheio de abóbora coada com açúcar e canela é colocado no centro, e os cantos são fechados como uma trouxinha. Segue-se o forno em tabuleiro enfarinhado.
Tradicionalmente, o Pito é preparado na época festiva, com a abóbora e o açúcar a manterem-se como elementos característicos. A especificidade do recheio e da forma preserva a identidade da iguaria em Vila Real.
Gancha e troca
Na festa de São Brás, o ritual originalmente envolve as mulheres oferecendo o Pito aos homens. Em retribuição, os homens oferecem Gancha, um doce em forma de bengala ou cajado, feito de açúcar caramelizado, consolidando o simbolismo de troca.
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