- A obra xyz, tríptico de pinturas a óleo sobre madeira, surge a partir do diálogo de Maria Souto de Moura com o espaço público dos lavadouros, sanitários e balneários de São Nicolau, em Porto, durante o Open House de 2024; a inauguração ocorreu a 1 de novembro e a exposição permanece aberta até 30 de janeiro de 2026.
- As três pinturas estão colocadas nos três vãos do edifício, correspondendo às três cotas/andares: lavadouros no piso inferior, balneários no piso intermédio e a entrada no piso superior; as cores escolhidas são ciano, magenta e amarelo.
- Cada pintura foi dimensionada para caber nos vãos, com a linha horizontal comum, que funciona como horizonte, unindo as três peças.
- As fotografias de Nelson Garrido registram o diálogo entre as pinturas e a arquitetura, destacando a relação entre obra e espaço.
- A artista descreve o espaço como livre de controlo e de acesso gratuito, caracterizado por um ambiente árido que inspirou a criação de xyz.
A inauguração da obra xyz ocorreu a 1 de novembro, no espaço público dos lavadouros, sanitários e balneários de São Nicolau, em Porto. A mostra permanece aberta ao público até 30 de janeiro de 2026, integrada na programação do Open House 2024.
A artista Maria Souto de Moura, arquiteta e pintora, criou um tríptico de pinturas a óleo sobre madeira para dialogar com a arquitetura do espaço. As obras ocupam três vãos do edifício, alinhadas com a linha horizontal que funciona como horizonte.
O conjunto estabelece um diálogo entre cor, forma e o estado de abandono do edifício, que é de acesso gratuito e livre de controlo. A escolha do espaço foi determinante para a produção, segundo a artista, que visitou o local durante o Open House de 2024.
O espaço e a intervenção
Três cores primárias — ciano, magenta e amarelo — são aplicadas em destaque nos vãos junto aos balneários e aos lavadouros. As obras medem 5,40 metros na pintura magenta, com divisão natural para encaixar no espaço.
As fotografias de Nelson Garrido registram a relação entre as pinturas e a arquitetura, enfatizando a luz que atravessa a clarabóia longitudinal. Maria tratou os vãos como elementos de composição, mantendo a ideia de liberdade do espaço.