- O Jurado Nacional de Eleições (JNE) declarou nulas as primárias do AP devido a falhas graves, impedindo nova convocatória e retirando o AP das eleições de 2026.
- O AP, partido fundado pelo ex-presidente Fernando Belaúnde, tinha apontado Alfredo Barnechea como candidato à presidência, numa operação marcada por polémicas internas e denúncias de fraude.
- O JNE indicou que não houve coincidência entre a lista de delegados vencedores e o material eleitoral, o que fundamentou a nulidade das primárias.
- Barnechea afirmou que vai recorrer da decisão e que o AP irá “lutar até o fim” para participar nas eleições, denunciando o ocorrido.
- Surgem acusações de troca de 28 delegados por parte da presidente do comité eleitoral interno, Cinthia Pajuelo, e chamada a uma investigação para punir os responsáveis.
O Jurado Nacional de Eleições (JNE) declarou nulas as primárias do AP, o partido fundado pelo ex-presidente Fernando Belaúnde. A decisão impede o AP de apresentar uma lista de candidatos às eleições gerais de 2026, situação que atinge o jornalista Alfredo Barnechea, que já tinha sido designado como candidato presidencial.
Segundo o JNE, as falhas graves nas primárias violam princípios da democracia interna e do devido processo. Foi verificado que não existe coincidência entre a lista de delegados vencedores e o material eleitoral preparado pelo ONPE. Com a nulidade, o partido não pode reorganizar ou convocar novas internas.
Barnechea expressou surpresa e indignação, anunciando recurso e prometendo lutar até ao fim para participar nas eleições. A leitura do caso aponta para acusações de fraude eleitoral no AP, que motivaram reação de líderes do partido e pedidos de investigação.
Desdobramentos e leitura institucional
Ricardo Burga, antigo congressista do AP, confirmou que a decisão reconhece irregularidades nas primárias e pediu uma investigação para punir os responsáveis. Burga aponta Cinthia Pajuelo, presidente do comité eleitoral, como figura a ser afastada do AP devido a alegadas trocas de delegados.
No contexto político, a decisão do JNE afeta a participação de várias organizações políticas nas eleições de 2026. Ao todo, 38 partidos e alianças participarão das eleições gerais, sendo 36 deles na corrida presidencial. O caso alimenta debates sobre integridade eleitoral e governança interna dos partidos.
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