- O primeiro-ministro Luís Montenegro atualizou as metas salariais, defendendo salário mínimo de 1.600 euros e salário médio de 3.000 euros.
- Na véspera tinha sugerido 1.500 euros mínimo e médio entre 2.000 e 2.500 euros, como parte de uma possível mudança das leis laborais.
- As declarações ocorreram no encerramento do X Congresso Nacional dos Autarcas Social-Democratas, no Porto, com desmentidos de que as propostas sejam “cenouras” para trabalhadores.
- Montenegro afirmou querer criar riqueza para combater a pobreza e disse que pretende um crescimento superior a dois por cento, mirando três a quatro por cento e metas mais ambiciosas para a legislatura.
- O PS, por meio do secretário-geral, acusou o governo de lançar uma cenoura aos trabalhadores, enquanto o próprio líder do PSD indicou que, daqui a um ano, as palavras poderão fazer ainda mais sentido.
O primeiro-ministro Luís Montenegro atualizou, neste sábado, as metas salariais do país. O salário mínimo passa a 1.600 euros e o salário médio sobe para 3.000 euros, descartando a faixa de 1.600-1.700 para o médio. O anúncio ocorreu no encerramento do X Congresso Nacional dos Autarcas ASD, no Porto.
A mudança ocorre um dia após Montenegro ter sugerido, em véspera, subir o mínimo para 1.500 euros e o médio para 2.000 ou 2.500 euros, alinhada a uma possível alteração das leis laborais. O Governo pretende manter metas ambiciosas para a legislatura.
No discurso, o líder do PSD afirmou que o objetivo é criar riqueza para reduzir a pobreza e destacou a necessidade de um desenvolvimento duradouro. Também afirmou que a ambição não fica pelos 1.100 euros para o mínimo, nem pelos 1.600-1.700 para o médio.
Reações e contexto
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, acusou Montenegro de lançar uma cenoura aos trabalhadores ao falar de aumentos. Carneiro sugeriu que as propostas podem ter efeito apenas a curto prazo, caso se confirmem as metas anunciadas.
Antes e depois do evento, Montenegro não deu declarações aos jornalistas à entrada ou saída do Auditório Nobre do ISEP, onde decorreu o congresso. O Governo não adiou o objetivo de superar metas orçamentais, como ocorreu no ano anterior.
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