- Mariana Mortágua manterá-se como deputada única no Parlamento até dezembro; a partir de janeiro, Fabian Figueiredo deverá assumir o mandato, com alternância entre ele e Andreia Galvão.
- A moção A, encabeçada por José Manuel Pureza, venceu na Convenção com cerca de oitenta por cento dos delegados e prevê renovar lideranças no parlamento.
- Mortágua comunicou aos militantes que não se recandidata à liderança da 14.ª Convenção Nacional.
- O Bloco de Esquerda enfrentou um dos seus piores resultados, passando de cinco para uma deputada e perdendo representação autárquica.
- A rotatividade no Parlamento deve manter Andreia Galvão e Fabian Figueiredo nas posições de substituição, conforme o plano da moção A.
Mariana Mortágua vai manter-se como deputada da Assembleia da República até dezembro, altura em que Fabian Figueiredo deverá iniciar o mandato bloquista. A decisão foi comunicada por uma fonte oficial da bancada do Bloco de Esquerda (BE) e estende-se além do período apenas até ao processo orçamental.
Ainda segundo a informação disponível, o BE prevê que, a partir de janeiro, o número dois da lista do círculo de Lisboa, Fabian Figueiredo, ocupe o lugar de deputado, alternando com Andreia Galvão. A rotatividade fica assim definida para o parlamento.
Contexto da liderança e alterações
A moção A, encabeçada por José Manuel Pureza, venceu a Convenção com cerca de 80% dos delegados e aponta para a renovação das lideranças nacionais. Pureza liderará as listas à Mesa Nacional e à Comissão Política, mantendo o rumo de mudanças.
Pureza também confirmou que Andreia Galvão, atual número três por Lisboa, continuará a integrar as substituições de Mortágua quando este for necessário, mantendo a continuidade da equipa parlamentar. Galvão já substituiu Mortágua durante uma missão internacional.
Contexto político do BE
Mortágua, economista, foi coordenadora nacional do BE desde maio de 2023, sucedendo Catarina Martins. Em carta de 25 de outubro, anunciou não se recandidatar à liderança na 14.ª Convenção, alegando falta de impulso político e eleitoral por parte da direção.
A decisão ocorre após o BE ter tido o pior resultado de sempre nas legislativas, reduzindo de cinco para uma deputada e perdendo várias autárquias. A Mesa Nacional do BE reúne-se para debater o caminho político do partido.
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