- O governo de Nicolás Maduro condenou o que classifica de roubo e sequestro de um petroleiro pelos EUA, descrevendo o incidente como pirataria.
- Trata-se do segundo caso nas Caraíbas em menos de duas semanas, envolvendo a apreensão de petróleo venezuelano.
- O navio interceptado é o Centuries, que, segundo informações, não consta da lista de petroleiros sancionados pelos EUA.
- Caracas solicitou uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a situação.
- O governo dos EUA confirmou a interceptação na madrugada de 20 de dezembro; o navio transportava crude venezuelano para refinarias na China, com o Irão oferecendo cooperação à Venezuela para combater a pirataria internacional.
O Governo da Venezuela, liderado por Nicolás Maduro, condenou a apreensão de um petroleiro pela Guarda Costeira dos EUA, na madrugada de 20 de dezembro, no Mar das Caraíbas. O regime qualificou o ato como roubo e sequestro de uma embarcação que transporta crude venezuelano. A denúncia aconteceu menos de duas semanas após incidências similares na região.
Segundo comunicado oficial, Caracas considera o episódio uma forma de pirataria e alerta para o desaparecimento forçado da tripulação. O governo venezuelano indicou que não aceitará tais ações e promete tomar todas as medidas pertinentes, incluindo denúncias a instâncias internacionais.
A intervenção norte-americana ocorreu numa operação em águas internacionais, com o navio sob bandeira panamiana, conforme relatos. A secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, afirmou que a ação visou interromper o tráfego de petróleo sancionado usado para financiar narcoterrorismo.
Interceptação do navio Centuries
Relatórios de imprensa apontam que o petroleiro detido se chama Centuries e não consta da lista de embarcações sancionadas pelos EUA. A embarcação estaria ligada a uma empresa com sede na China e transportava crude venezuelano para refinarias no país asiático.
A imprensa descreve a operação como a segunda apreensão em semanas nas Caraíbas. Na semana passada, os EUA já tinham apreendido o navio Skipper e confiscado o seu crude, ampliando a pressão sobre a Venezuela.
Reação internacional e próximos passos
O Irão ofereceu cooperação à Venezuela para combater o que qualificou como pirataria e terrorismo internacional, após o contacto entre ministros dos Negócios Estrangeiros de ambos os países. A Venezuela também solicitou uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A reunião do Conselho está marcada para a tarde de terça-feira, 23 de dezembro, segundo a presidência rotativa do organismo. Caracas pretende discutir a situação e pedir suporte internacional para defender o direito internacional e exigir responsabilização.
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