- Qatar e Egito apelaram à retirada total das tropas israelitas do território palestiniano e ao rápido destacamento de uma força internacional de estabilização prevista no plano norte-americano apoiado pela ONU.
- A segunda fase do plano dos Estados Unidos prevê desarmamento do Hamas, criação de uma autoridade de transição e envio da força internacional, ainda sem aprovação.
- O primeiro-ministro do Qatar afirmou que, neste momento, não há cessar-fogo completo e que só pode haver após a retirada das forças israelitas e a restauração da estabilidade em Gaza.
- O ministro turco dos Negócios Estrangeiros indicou que discussões incluem a participação de vários países, incluindo a Turquia, numa força que deverá inicialmente separar palestinianos de israelitas.
- Israel opõe-se à presença turca e reforça que o objetivo imediato é a estabilização no terreno, enquanto o cessar-fogo continua incompleto; o conflito já provocou milhares de mortos e feridos em Gaza e em Israel.
O Qatar e o Egito apelaram hoje à retirada total das tropas israelitas do território palestiniano e ao rápido envio de uma força internacional de estabilização, prevista no plano norte-americano apoiado pela ONU. As iniciativas apontam para a segunda fase do plano para pôr fim ao conflito iniciado a 7 de outubro de 2023.
Segundo fontes, o objetivo é também avançar para a criação de uma autoridade de transição e o desarmamento do Hamas, ainda sem aprovação formal.
As negociações envolvem, para além de Doha e Cairo, representantes dos Estados Unidos e de países como a Turquia, com discussões sobre a estrutura da força e a participação de potências. O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Hakan Fidan, revelou que a Turquia pode participar, mas o governo israelita opõe-se a essa presença.
Formação e mandato da força
O primeiro-ministro do Qatar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, enfatizou que ainda não existe cessar-fogo completo até ocorrer a retirada das tropas e a restauração da estabilidade em Gaza. A reunião à margem da conferência que reuniu diplomatas egípcios e qatarias sublinhou a urgência de estruturar a força de segurança.
O ministério egípcio de Negócios Estrangeiros referiu a necessidade de destacar a força no terreno o mais rapidamente possível, para cumprir o mandato acordado. O cessar-fogo visa pôr fim a dois anos de guerra na região, após ataques do Hamas a Israel.
Dados oficiais apontam para cerca de 1.200 mortos e 251 reféns desde 7 de outubro, com a resposta israelita a provocar milhares de mortos e feridos em Gaza; a ONU cita números considerados credíveis pelas agências humanitárias.