- O filho de Marwan Barghouti, Qassam Barghouti, afirmou numa publicação no Facebook que o pai está fisicamente debilitado, alegando que prisioneiros informaram golpes que lhe partiram costelas e dentes e lhe cortaram uma orelha; a mensagem foi apagada posteriormente.
- Qassam disse ainda que tenta contatar o prisioneiro libertado que lhe telefonou de Israel e que contactou várias entidades oficiais sem sucesso.
- A Comissão para os Assuntos dos Detidos da Autoridade Palestiniana confirmou que trabalha para obter mais informações sobre a situação de Barghouti, enquanto as famílias dos prisioneiros enfrentam assédio e intimidação.
- O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, condenou o tratamento alegadamente dado ao líder, descrevendo as violações como crime de guerra.
- A notícia segue uma campanha global com mais de duzentos artistas a pedir a libertação de Barghouti, visto como símbolo da resistência palestiniana, com o apoio de figuras do cinema, música e literatura; Israel mantém a posição de manter o líder preso.
Marwan Barghouti, líder palestiniano preso em Israel desde 2002, permanece sob condenação a várias penas de prisão perpétua. A família e organizações internacionais têm vindo a relatar abusos e irregularidades na sua detenção, com campanhas globais a pedir a libertação do considerado símbolo de resistência palestiniana.
Nesta quarta-feira, Qassam Barghouti, filho do líder, publicou no Facebook que o pai estaria fisicamente debilitado. A mensagem alegava que prisioneiros teriam contado que guardas israelitas atingiram o jornalista com golpes que lhe partiram costelas e dentes, além de cortarem uma orelha. A publicação foi apagada pouco depois. O filho afirmou ainda que tentou contactar um prisioneiro libertado que lhe ligou de Israel, sem obter confirmação oficial.
Comissões e autoridades divergem sobre o estado de saúde de Barghouti. A Comissão para os Assuntos dos Detidos da Autoridade Palestiniana disse estar a reunir informações, noteando que as famílias enfrentam, por vezes, assédio e intimidação. O Presidente Mahmud Abbas condenou o alegado tratamento, classificando-o como violação grave que poderia constituir crime de guerra. O caso ocorre numa altura em que artistas de renome internacional pedem a libertação de Barghouti, destacando o seu papel político e o apoio entre diferentes correntes palestinianas. Israel mantém a acusação de que Barghouti liderava a facção Tanzim do Fatah e o envolve no assassinato de cinco israelitas durante a Segunda Intifada, uma imputação que ele nega. Enquanto continua detido, Barghouti é frequentemente referido em negociações de troca de presos, sem sucesso definitivo.