- O programa de entrevistas, conduzido por Rui Ramos e Pedro Jorge Castro, reúne memórias da vida quotidiana em 1974 e 1975 durante o Processo Revolucionário em Curso (PREC), em Portugal.
- Revela episódios inéditos, incluindo a afirmação “Assumo a golpada contra os meus camaradas” e a conspiração para o 25 de Abril, envolvendo Vasco Lourenço.
- Descreve confrontos com o general António de Spínola na Guiné, com registros de intimações como “Mas que raio de general é o senhor?”.
- Mostra fintas à PIDE, a revolta contra o regime e discussões mais tensas, com citações como “Eu tive sempre uma postura de confronto.”
- Aponta o espanto ao ouvir pela primeira vez Melo Antu… (fragmento citado), como parte das reações e memórias recolhidas.
A vida quotidiana em 1974 e 1975, marcada pelo processo revolucionário em Portugal, é o foco de um conjunto de memórias e entrevistas. O programa revisita o período do PREC (Processo Revolucionário em Curso) e traça o pulso da sociedade à época, através de relatos que vieram a público.
As entrevistas, conduzidas por Rui Ramos e Pedro Jorge Castro, reconstroem o dia-a-dia em diversas esferas da sociedade e apresentam as tensões vividas durante a transição institucional. O material procura oferecer uma visão factual das dinâmicas sociais, políticas e culturais desses meses turbulentos.
Entre o levantamento de experiências está o reconhecimento de momentos de confronto com o regime anterior, com foco na postura de contestação, na atuação de figuras públicas e nas condições de vida de quem vivenciou o processo revolucionário. O objetivo é oferecer um retrato equilibrado do período.
Episódios inéditos
O conteúdo revela episódios ainda não difundidos, incluindo declarações associadas a gestos de tentativa de golpe e a conspiração para o 25 de Abril, atribuídas a figuras como Vasco Lourenço. Ainda aparecem descrições de confrontos com Spínola na Guiné e de atitudes de resistência à PIDE.
Outras passagens destacam a forma como as memórias foram desenhadas ao longo do tempo, com relatos que mostram a diversidade de perspectivas entre participantes, observadores e entrevistadores. A análise visa esclarecer o significado histórico do período sem atribuir juízos de valor.