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Cientistas criam embriões de lince-ibérico em laboratório pela primeira vez

Investigadores criam, pela primeira vez, embriões de lince ibérico via fertilização in vitro com material criopreservado, visando ampliar diversidade genética da espécie

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O último Censo do Lince-ibérico, de 2024, registou 2401 linces em Portugal e Espanha
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  • Investigadores criaram pela primeira vez embriões de lince ibérico via fertilização in vitro, usando material reprodutivo de fêmeas mortas e esperma criopreservado.
  • Os embriões foram criopreservados por vitrificação e armazenados no biobanco do Museu Nacional de Ciências Naturais.
  • O estudo foi liderado pelo Museu Nacional de Ciências Naturais (MNCN) do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) de Espanha e pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Complutense de Madrid, e publicado na Theriogenology Wild.
  • Os investigadores pretendem transferir os embriões para fêmeas recetoras para aumentar a diversidade genética da espécie, reduzindo o risco de consanguinidade.
  • O censo de 2024 registra 2.401 linces, entre Espanha e Portugal, e a espécie é classificada como Vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Investigadores anunciaram a criação de embriões de lince ibérico através de fertilização in vitro, usando material reprodutivo de fêmeas já falecidas e esperma criopreservado. O passo abre caminho para ampliar a diversidade genética da espécie.

A operação envolveu o Museu Nacional de Ciências Naturais (MNCN) do CSIC, a Universidade Complutense de Madrid (UCM) e centros de reprodução em cativeiro em Espanha e Portugal. O estudo foi publicado na revista Therio­genology Wild.

O lince ibérico é endémico da Península Ibérica e esteve perto da extinção em 2002. Em 2024, a população ficou classificada como Vulnerável pela IUCN, com cerca de 2401 indivíduos.

Os embriões foram criopreservados por vitrificação e armazenados no biobanco do MNCN, que também mantém o esperma. As amostras de fêmeas foram obtidas em centros de recuperação de animais selvagens.

O próximo passo é transferir os embriões para fêmeas receptoras, visando ampliar a diversidade genética da espécie, reduzindo o risco de consanguinidade.

Eduardo Roldán, cientista do MNCN e codiretor do estudo, afirma que a reprodução assistida pode revitalizar indivíduos que falharam num acasalamento natural devido a morte ou comportamentos.

O último censo de 2024 contabilizou 2047 linces em Espanha e 354 em Portugal, sendo 1557 adultos ou subadultos e 844 crias nascidas em liberdade.

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