- Estudo piloto, realizado entre 2022 e 2024, acompanhou trinta e um gatos em casa para observar vinte e dois comportamentos nos primeiros cento segundos após o regresso do cuidador.
- A principal descoberta foi que os gatos vocalizam mais quando o cuidador é homem, sugerindo influência de género no cumprimento.
- Fatores culturais regionais, nomeadamente na Turquia, podem modular a expressividade dos gatos durante o reencontro.
- Identificaram-se dois padrões durante o cumprimento: comportamentos afetuosos que indicam proximidade e comportamentos de deslocamento associados a excitação, ambivalência ou stress; comportamentos relacionados com comida não foram ligados ao reencontro.
- Os autores consideram o estudo piloto, com limitações como o tamanho da amostra e variáveis não controladas, defendendo mais pesquisas com amostras maiores e diversidade cultural.
O estudo piloto, realizado entre 2022 e 2024, acompanhou 31 gatos em casa para observar o cumprimento ao regresso dos cuidadores. Os pesquisadores filmaram os animais nos primeiros 100 segundos após a entrada do humano.
A investigação avaliou 22 comportamentos distintos e analisou se fatores demográficos, como o sexo do cuidador, influenciam a expressão do gato. O principal achado é que os gatos vocalizam mais quando o cuidador é homem, sugerindo variações na comunicação interpessoal.
Todos os gatos viviam na Turquia, onde normas de género podem modular expressividade. A equipa sugere que, para captar a atenção de cuidadores menos verbais, os gatos podem recorrer a vocalizações adicionais, especialmente com homens.
Resultados principais
Além das vocalizações, o estudo identificou dois padrões de comportamento no cumprimento: comportamentos de afeto, indicando proximidade, e deslocamentos que refletem excitação ou ambivalência.
Comportamentos ligados à comida não mostraram relação com o reencontro, o que indica que o motivo principal não é a alimentação. A observação direta em casa reforça a naturalidade dos comportamentos registados.
Limitações e perspetivas
Os autores reconhecem que o tamanho da amostra é reduzido e que fatores como a duração da ausência do cuidador e a idade exacta dos gatos não foram totalmente controlados. Todos os participantes estavam no mesmo país, o que pode limitar a generalização.
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