- Um estudo do Centro de Investigação Ames da NASA alerta que, se os lançamentos de constelações de satélites ocorrerem, o Telescópio Espacial Hubble pode perder mais de um terço das suas imagens e outros telescópios podem perder mais de 96% dos seus dados.
- A sobreposição de órbitas entre telescópios espaciais e satélites é apontada como a principal razão para a interferência, levando à proposta de limitar o número de satélites ou colocá-los em órbitas mais rasas.
- A medida, porém, pode ter impacto na camada de ozono da Terra, segundo o estudo.
- O estudo é liderado pelo pesquisador Alejandro S. Borlaff e analisa a evolução recente dos custos de lançamento de cargas úteis que favoreceu a proliferação de satélites.
- A conclusão destaca o dilema entre reduzir a interferência científica e os potenciais efeitos ambientais, sem oferecer uma solução definitiva.
O Telescópio Espacial Hubble pode sofrer perdas significativas de dados caso os lançamentos de constelações de satélites continuem nos próximos anos, segundo um estudo do Centro de Investigação Ames da NASA. A pesquisa avalia o efeito dessas redes sobre observações astronômicas em órbita terrestre.
De acordo com o estudo, o Hubble pode perder mais de um terço das suas imagens, enquanto outros telescópios espaciais estariam sujeitos a perdas superiores a 96% dos dados disponíveis. Os resultados destacam a competição por espaço orbital entre telescópios e satélites comerciais.
Os autores destacam que a proliferação de satélites, impulsionada pela redução dos custos de lançamento, tem sido pouco considerada na área científica. A pesquisa liderada por Alejandro S. Borlaff aponta que reduzir o número de satélites ou colocá-los em órbitas mais rasas seria uma opção, ainda que traga impactos potenciais na camada de ozono.
Impacto nos telescópios e propostas
O estudo sugere limitar o número de satélites lançados ou ajustar suas órbitas para evitar interferência com observações. Contudo, alerta que essas medidas podem implicar custos adicionais e efeitos ambientais. A pesquisa ressalva ainda a necessidade de balancear ganhos científicos com impactos na camada de ozono.
A análise encerra destacando que a temática envolve decisões técnicas, econômicas e ambientais. As conclusões devem orientar futuras políticas públicas e diretrizes de lançamento, com foco na preservação de dados científicos sem comprometer a sustentabilidade ambiental.