- A China Eastern inaugurou o voo MU745 ligando Xangai a Buenos Aires, com duração de 25h30m e cerca de 20.000 km, incluindo escala técnica em Auckland, na Nova Zelândia.
- A aeronave é um Boeing 777-39P, que reabastece e troca de tripulação em Auckland antes de seguir para a Argentina.
- A nova rota reduz em mais de quatro horas o tempo de viagem entre a China e a América do Sul, face às rotas que contavam com desvio pelo hemisfério norte.
- O percurso supera o atual recorde de voo comercial mais longo, anteriormente de cerca de 19 horas, em voos como JFK–Fuzhou e Newark/JFK a partir de Xiamen e Singapore Airlines.
- A China Eastern afirma que cria um corredor sul entre três continentes, com aeronaves de grande autonomia, e cita planos de expansão com outros caminhos ultralongos, em paralelo aos anúncios da Qantas para 2027.
A China Eastern Airlines estabeleceu o voo comercial mais longo já efectuado, ligando Xangai a Buenos Aires com uma duração de 25 h 30 m. O trajeto inclui uma escala técnica em Auckland, na Nova Zelândia, para reabastecimento e troca de tripulação. O percurso total aproxima-se de 20 mil quilómetros.
A operação envolve o Boeing 777-39P, que completa a viagem pela rota sul do Pacífico. Segundo a operadora, o tempo de viagem entre a China e a América do Sul fica reduzido em mais de quatro horas em relação às rotas tradicionais que contornavam o hemisfério norte.
A rota MU745 partiu de Pudong, em Xangai, durante a madrugada, e atingiu Buenos Aires após a escala em Auckland. Até aqui, o recorde anterior pertencia à Xiamen Airlines (Nova Iorque–Fuzhou) com 19 h 20 m, seguido por voos da Singapore Airlines e da Air New Zealand.
Detalhes e impacto
A China Eastern aponta que o novo corredor sul liga três continentes de forma mais direta, abrindo portas para ligações diretas entre Xangai e grandes cidades sul-americanas. A empresa enfatiza o papel de aeronaves de grande autonomia, como o Boeing 787 e o A350, na viabilização de voos ultralongos com melhor eficiência.
Perspectivas do setor
A companhia indica que a aposta em rotas diretas com menor tempo de viagem pode influenciar a demanda de passageiros dispostos a pagar por ligações sem escalas. A notícia ocorre antes da prevista entrada em cena da Qantas, que planeia um voo Sydney–Londres em cerca de 22 horas para 2027, com o Airbus A350-1000ULR.