- 21 dos 22 arguidos permaneceram em silêncio na primeira sessão do julgamento da Operação Espelho – Parte 2, em Beja, por tráfico de pessoas.
- O julgamento recomeça na manhã de quarta-feira, após as sessões da tarde e as duas de amanhã terem sido dedicadas à leitura de declarações.
- Riorita Snigureac foi multada em 204 euros por falta injustificada; há mandados de detenção para condução a tribunal.
- São 22 arguidos, incluindo 17 estrangeiros, com idades entre 28 e 57 anos; oito estão em prisão preventiva.
- O Ministério Público aponta um montante de 19,767,141.09 euros congelado; a liderança é atribuída a Ileana Mezo, com 39 veículos, três motociclos, uma mota e cinco prédios urbans apreendidos.
Na manhã de segunda-feira, Beja acolheu a primeira sessão da Operação Espelho – Parte 2, time de julgamento por tráfico de pessoas. 21 dos 22 arguidos permaneceram em silêncio, numa sessão que repetiu o padrão da Parte 1, com identificação dos arguidos e sem declarações.
A audiência ficou marcada pela continuação do processo, com recomeço previsto para a manhã da próxima quarta-feira. Entre os arguidos, 17 são estrangeiros e 5 portugueses, com idades entre 28 e 57 anos. O grupo envolve oito casos em prisão preventiva, acusados de crimes de tráfico, associação criminosa e branqueamento de capitais.
Riorita Snigureac foi multada por faltas, recebendo duas Unidades de Conta (204 euros). Devido à falta de notificação, uma das empresas acusadas enfrentará um processo separado. O valor global do património congelado ascende a 19.767.141,09 euros, com 39 veículos, três motociclos, uma mota 4 sem matrícula e cinco imóveis confiscados.
Contexto operacional e pessoas-chave
Ileana Mezo, romena de 45 anos, é apontada pela Procuradoria Distrital de Évora como líder da rede, que explorava trabalhadores na agricultura entre 2019 e 2023. O montante arrecadado pela operação oscila na ordem dos dezenas de milhões. A avaliação aponta para várias vítimas identificadas pela investigação.
No local, a sala contou com tradutores para ucraniano, moldavo, francês e hindi, dada a diversidade de nacionalidades presentes. O Ministério Público requer ainda medidas restritivas adicionais caso haja condenação por tráfico de pessoas, incluindo expulsões e interdições de atividade para empresas envolvidas.
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