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Inspetores da PJ pedem busca à casa de imigrantes em Beja

Testemunhos no Tribunal de Beja revelam vigilância de imigrantes e casa em Serpa alvo de condições degradantes; julgamento de 22 arguidos por tráfico de pessoas continua

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  • No Tribunal de Beja iniciou a segunda sessão do julgamento de 22 arguidos e 12 empresas, acusados de exploração de trabalhadores imigrantes no Alentejo.
  • Inspetores da Polícia Judiciária ouviram relatos sobre vigilâncias prévias de deslocações de imigrantes e sobre uma busca numa casa de Serpa, que recolheu entre dez e doze imigrantes.
  • A casa apresentava condições precárias de habitabilidade, com colchões no chão, azulejos partidos, sujidade e ausência de isolamento; algumas salas tinham sido adaptadas a quartos.
  • Relatos da manhã indicaram despejos pré-operacionais por parte de militares da GNR e imigrantes que viviam em condições desumanas, com quemixas de fome a recorrer ao posto da Guarda.
  • Um imigrante senegalês alegou receber 35 euros por dia por oito horas de trabalho, cerca de 500 euros no fim do mês; o processo envolve vários crimes de tráfico de pessoas, associação criminosa e outros crimes relacionados.

Inspetores da Polícia Judiciária relataram no Tribunal de Beja que decorreram vigilâncias a deslocações de imigrantes no âmbito da Operação Espelho e uma busca a uma casa de trabalho em Serpa, sem condições de habitabilidade. Este é o segundo dia de julgamento de 22 arguidos e 12 empresas por exploração de trabalho imigrante no Alentejo.

Durante a audiência, os agentes descrevem a logística da operação, incluindo roteiros de transporte, horários de saída e entrada nas casas de alojamento, bem como as viaturas e condutores envolvidos. As zonas de atuação incluem Cuba, Faro do Alentejo e Serpa.

A intervenção da PJ em Serpa permitiu encontrar 10 a 12 imigrantes numa residência cuja condição foi descrita como precária. O imóvel apresentava colchões no chão, falta de isolamento, acabamentos deteriorados e sujidade generalizada, com várias zonas adaptadas a quartos.

Relatos da GNR, recolhidos pela manhã, mencionam despejos pré-operacionais e condições de habitação degradadas, com imigrantes a queixar-se de fome. Um caso envolve um imigrante senegalês que alegou receber 35 euros por dia de trabalho, situando o rendimento mensal próximo dos 500 euros.

O processo continua com a defesa dos 22 arguidos, que respondem por crimes de tráfico de pessoas, associação criminosa, auxílio à imigração ilegal, branqueamento de capitais e outros. As acusações remontam a data anterior a 2020, ligando a rede a entrada de imigrantes de várias nacionalidades para trabalho quase forçado.

Desenvolvimento do caso e contexto

A investigação resulta de diligências iniciadas antes e durante a Operação Espelho, com foco na exploração de trabalhadores imigrantes no Alentejo e em diligências em Serpa. O objetivo é esclarecer a rede, as condições de vida e os mecanismos de aliciamento dos migrantes.

As informações indicam que muitos imigrantes chegaram recentemente ao Alentejo e viviam em casas de condições abaixo do mínimo aceitável, antes de serem deslocados para atividades agrícolas. O estado das habitações e a remuneração são pontos centrais do caso.

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