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Dez dos 17 detidos por exploração de imigrantes no Alentejo ganham liberdade

Dezessete detidos na operação Safra Justa aguardam medidas de coação; dez libertos, sete sob avaliação, decisão de prisão preventiva prevista para sábado às 18h

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GNR FOTO: Carlos Barroso
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  • A operação Safra Justa da Polícia Judiciária desmantelou uma organização criminosa que controlava cerca de 500 trabalhadores estrangeiros no Alentejo, principalmente em Beja.
  • Foram detidas dezessete pessoas, incluindo dez militares da Guarda Nacional Republicana e um agente da Polícia de Segurança Pública, além de seis civis; estão relacionadas com auxílio à imigração ilegal, tráfico de pessoas, corrupção e outros crimes.
  • Dez arguidos ficaram em liberdade após interrogatório; sete aguardam medidas de coação, com decisão prevista para sábado às 18h00; o Ministério Público solicitou prisão preventiva para alguns agentes e civis.
  • O cabecilha da rede foi detido na via pública em Beja; foram cumpridos cerca de cinquenta mandados de busca e de detenção, em Beja, Portalegre, Figueira da Foz e Porto.
  • Alegadamente, os suspeitos exploravam trabalhadores imigrantes com salários abaixo do mercado, descontos por alojamento, transporte e documentação, e os agentes de segurança vigilhavam os trabalhadores em troca de compensação económica.

Dez dos 17 detidos na operação Safra Justa, que desmantelou uma organização criminosa responsável por explorar cerca de 500 trabalhadores estrangeiros no Alentejo, ficaram em liberdade após serem ouvidos no Campus da Justiça, em Lisboa. Os restantes sete aguardam medidas de coação, cuja decisão está marcada para sábado, às 18h00. Um militar da GNR, um agente da PSP e mais civis tiveram a medida de prisão preventiva solicitada pelo Ministério Público (MP).

Os interrogatórios, iniciados na quinta-feira, envolveram o primeiro grupo de arguidos. O MP pediu prisão preventiva para alguns agentes de segurança e civis ligados à organização, mantendo outros em liberdade com Termo de Identidade e Residência (TIR). Um cliente terá já sido promovido a prisão preventiva, disse o advogado de defesa.

Desmantelamento e perfis de envolvidos

A investigação da PJ aponta que a organização explorava imigrantes, com aproveitamento de fragilidades documentais, sociais e económicas. A maioria era indocumentada e recebia salários abaixo do mercado, em atividades como a agricultura. Mandados de busca chegaram a 50, com 17 detenções em várias zonas, incluindo Beja, Portalegre, Figueira da Foz e Porto.

Entre os detidos estavam 10 militares da GNR, do Comando Territorial de Beja, e um agente da PSP do Quadro de Beja, que já se encontrava de baixa desde setembro de 2024. Dos civis, quatro eram portugueses, dois estrangeiros indostânicos, recrutadores e operadores da rede, segundo a PJ.

Contexto e impactos

A organização também era responsável por vigiar os trabalhadores e exigir pagamentos por alojamento, transporte, água, eletricidade e documentação. O MP sublinha que os presumíveis crimes incluem auxílio à imigração ilegal, tráfico de pessoas, corrupção e branqueamento de capitais. A PJ indicou que a operação permitiu desmantelar a rede e interromper o controlo sobre centenas de trabalhadores.

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