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Sete razões que podem levar as mulheres à greve geral

Anteprojeto pode facilitar despedimentos, introduzir banco de horas, duodécimos e ampliar serviços mínimos na educação, gerando recuo dos direitos femininos e greve a 11 de dezembro

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Foto: Rodrigo Antunes / Lusa
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  • Em onze de dezembro há greve geral convocada por sindicatos com maioria feminina, que alertam para retrocesso nos direitos das mulheres com o anteprojeto em discussão.
  • O texto proposto pode facilitar despedimentos sem justa causa, introduzir banco de horas, duodécimos e créditos laborais, além de ampliar serviços mínimos na educação.
  • Organizações lideradas por mulheres, como CIMH do CESP, Missão Escola Pública e STAD, apontam impacto negativo na vulnerabilidade laboral feminina, especialmente em setores com maioria de trabalhadoras.
  • Observam ainda riscos de desregulação horária e consequências para mães, cuidadoras e trabalhadoras migrantes, incluindo possíveis assinaturas de documentos sem pleno conhecimento.
  • Críticas destacam que os serviços mínimos na educação, se ampliados, poderiam reduzir a qualidade educativa, funcionando mais como garantia para pais do que como garantia de educação de qualidade.

Mais de 70% de trabalhadoras em estruturas sindicais com maioria feminina alertam para potenciais impactos do anteprojeto de reformas laborais. Segundo dirigentes, o pacote pode facilitar despedimentos, introduzir banco de horas e ampliar serviços mínimos na educação, afetando a balança de género.

As dirigentes destacam que a flexibilização pode agravar a precariedade, especialmente para mulheres com menor renda. O tema surge na véspera de uma greve geral marcada para 11 de dezembro, com mobilização de trabalhadores, sobretudo em setores com maioria feminina.

Despedimentos e banco de horas

A Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens (CIMH) do CESP aponta que o fim do despedimento sem justa causa pode agravar a vulnerabilidade feminina. Alega-se ainda que o banco de horas dá poder ao empregador sobre o tempo de trabalho.

Impacto setorial e social

A luta centra-se na resistência a horários desregulados, sobretudo em setores com maioria feminina, como a limpeza industrial e serviços. Há receios de que as mães solo e cuidadoras informais enfrentem dificuldades para conciliar trabalho e família.

Duodécimos, créditos e descriminalização

Defende-se que a pagamento em duodécimos e a introdução de créditos laborais podem criar desequilíbrios para trabalhadores com menor literacia, muitas delas imigrantes e com pouco conhecimento da língua.

Educação e serviços mínimos

O anteprojeto propõe alargar serviços mínimos da educação a idosos, crianças e pessoas com deficiência. Cristina Mota alerta que estes minimums não garantem necessariamente educação de qualidade e podem resultar em uma “escola-depósito”.

Condições de aplicação

Vivalda Silva sublinha que alterações legais podem levar a assinaturas sob pressão, dado o contexto de vulnerabilidade de muitos trabalhadores. A coordenadora refere que o cenário atual exige proteção de direitos e informação clara.

Conjunto de alterações

O conjunto de mudanças propostas abrange despedimentos, banco de horas, duodécimos, créditos laborais e serviços mínimos. O objetivo declarado é flexibilizar o mercado, mas as dirigentes afirmam que pode retroceder quatro décadas em direitos das mulheres.

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