- O primeiro-ministro Luís Montenegro disse que chegar a 1600 euros de salário mínimo é realista e será calendarizado quando houver alicerces.
- O chefe do Governo (PSD) também elevou os objetivos para 1500-1600 euros no mínimo e 2500-3000 euros para o salário médio, após mudanças previstas nas leis laborais.
- Partidos e centrais sindicais criticaram as declarações, com a CGTP a classificar a posição de “ato desesperado” e “insulto” para trabalhadores com salários inferiores a 1000 euros.
- CGTP e UGT anunciaram uma greve geral para 11 de dezembro, em protesto contra o anteprojecto de lei da reforma da legislação laboral.
- O PCP propõe uma atualização extraordinária do salário mínimo para 1050 euros com efeitos a 1 de janeiro de 2026; o salário mínimo atual deve subir de 870 para 920 euros no próximo ano.
O Primeiro-Ministro Luís Montenegro afirmou que chegar a um salário mínimo nacional de 1600 euros é realizável, mas só será calendarizado quando existirem alicerces. O aviso foi feito aos jornalistas em Baião, no Porto, durante uma cerimónia de prevenção de incêndios rurais.
No fim de semana, Montenegro já tinha aumentado os objetivos salariais para 1500 ou 1600 euros de mínimo e 2500 a 3000 euros de médio, citando uma mudança nas leis laborais. As declarações geraram críticas de oposição e de centrais sindicais.
A CGTP recebeu com veemência as propostas, descrevendo-as como um insulto aos trabalhadores com rendimentos baixos. A central pediu a construção de uma resposta social mais sólida e mantêm a greve marcada para 11 de Dezembro.
O PCP já apresentou uma atualização extraordinária do salário mínimo para 1050 euros, com efeitos a 1 de janeiro de 2026. A líder parlamentar Paula Santos explicou que há cerca de 2,5 milhões de trabalhadores com salário bruto inferior a 1000 euros.
Ao mesmo tempo, o PCP recordou que 800 mil trabalhadores auferem o salário mínimo previsto, com atualização de 870 para 920 euros no próximo ano. Defendem que a emergência nacional exige aumentos significativos.
A sociedade civil acompanha, com críticas ao timing e à forma de apresentação das metas. O Governo argumenta que a fundamentação técnica é essencial para avançar com aumentos sustentáveis.
A greve de 11 de Dezembro continua em preparação, reunindo CGTP e UGT. Pretende responder ao anteprojeto de reforma da legislação laboral, que motivou o anúncio de mobilizações de trabalhadores com baixos salários.
O debate segue aberto, com a oposição a pedir maiores clarificações sobre cronogramas e impactos económicos. O Governo reforça que as medidas serão calibradas de acordo com a evolução fiscal e macroeconómica.
Propostas salariais e mobilização
O PCP defende atualização extraordinária para 1050 euros com efeitos em 2026. As negociações envolvem trabalhadores com baixos rendimentos e a mobilização para a greve de Dezembro mantém-se em apresentação pública.
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