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Medo do crime no Chile impulsiona apoio à extrema-direita no poder

Meiggs regista queda de 72% nos delitos após ações de segurança; persiste atuação de gangues transnacionais, mantendo impacto na agenda eleitoral

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Notícias ao Minuto
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  • O bairro Meiggs, em Santiago, registou queda de 72% nos delitos após ações de segurança, iniciadas em julho, para recuperar espaço público dominado pelo crime.
  • O esforço envolve duplicação de agentes com o objetivo de quintuplicar a presença policial e continuar a recuperação gradual do território.
  • O crime organizado transnacional, com grupos de várias nacionalidades, dominava Meiggs, com estimativas de sonegação de impostos de 200 milhões de dólares anuais.
  • Em Santiago Centro, 461 comerciantes foram entrevistados: 63,6% veem o comércio ilegal na zona, 77,9% relatam assaltos frequentes e houve queda significativa de movimento nos estabelecimentos.
  • Nas eleições, a segurança tornou‑se eixo central: candidatos de linha dura associam crime à imigração e defendem medidas duras, incluindo maior atuação militar e expulsões de imigrantes ilegais.

Desde julho, o bairro Meiggs, no Centro de Santiago, registou uma queda de 72% nos delitos, após uma operação coordenada entre forças de segurança e o Governo. A ação visou recuperar espaço público dominado por atividades ilícitas e por organizações criminosas.

O bairro, ligado à atividade comercial de Meiggs, vivia sob pressão de gangues nacionais e transnacionais. A gestão municipal, liderada pelo presidente da Câmara, aponta a recuperação do território como objetivo central para reduzir a violência e o impacto económico negativo.

A política de segurança aumentou a presença policial, com a duplicação de agentes a curto prazo, com ambição de ampliar para cinco vezes o efetivo. A partir de julho, as autoridades iniciaram uma implementação faseada com foco na redução de atividades criminosas no espaço público.

Meiggs: queda e novas dinâmicas

Entre os dados, destacam-se 461 comerciantes que responderam a um estudo sobre o eixo Meiggs, refletindo impactos na atividade comercial e na segurança. Os crimes passaram a variar entre contrabando, extorsão e violência contra lojistas, com alterações de modus operandi.

Adolfo Numi, presidente da Associação para o Desenvolvimento do Bairro Meiggs, descreve a persistência de redes criminosas que migraram para outros setores. Segundo ele, há cooperação entre grupos nacionais e estrangeiros, com especialização por atividade e por nacionalidade.

Johana Gómez, proprietária de loja de brinquedos, relata redução de vendas e fuga de clientes, atribuindo a atuação de máfias à violência nas vias de acesso. O comércio localizado no centro da cidade também reporta queda de movimento, afetando o rendimento de estabelecimentos.

Mauricio Gajardo, gerente de restaurante no Centro de Santiago, descreve impacto direto na restauração: o movimento caiu cerca de 60%, com horários de funcionamento antecipados para as 20h. A recuperação do Meiggs é apresentada como parte de um esforço maior para conter a criminalidade na capital.

Uma pesquisa da Câmara Nacional de Comércio com 461 comerciantes revela perceções de alta incidência de comércio ilegal, assaltos frequentes e lojas vazias. O estudo mostra que a insegurança permanece como uma prioridade para os residentes e empresários.

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