- O presidente do INEM, Luís Mendes Cabral, defende a refundação célere, com nova orgânica e foco no Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM).
- Quem resistir à mudança ficará no antigo INEM; todos os que colaborarem serão incluídos no novo instituto, segundo Cabral.
- A refundação baseia-se em recomendações de inspeções e auditorias externas e visa um INEM ágil, moderno e centrado na atividade clínica.
- O SIEM deverá ter três níveis de resposta — Suporte Básico de Vida (SBV), Suporte Imediato de Vida (SIV) e Suporte Avançado de Vida (SAV) — com o SBV na base do sistema.
- O presidente destaca a necessidade de recertificação contínua dos operacionais; as greves simuladas em 04 de novembro de 2024 evidenciaram fragilidades e reforçaram a agenda de mudanças.
O presidente do INEM, Luís Mendes Cabral, defende uma refundação célere do instituto, com nova orgânica e foco no SIEM. Quem resistir às mudanças poderá ficar no antigo INEM, segundo a mensagem enviada aos trabalhadores.
Cerca de um mês após assumir o cargo, substituindo Sérgio Janeiro, Cabral afirmou que todos os que contribuírem para melhorar o socorro e a imagem da instituição serão incluídos no novo INEM. O plano vem das recomendações de inspeções e auditorias externas.
O líder explicou que a refundação passa por uma nova estrutura organizacional, com foco na agilidade clínica. Defendeu que o INEM se adapte a uma organização de 21º século, dirigindo-se para um serviço de emergência mais rápido e mais homogéneo.
Estrutura e funcionamento do SIEM
O presidente explicou que o SIEM será a principal missão, com três níveis de resposta: SBV, SIV e SAV. O SBV fica na base com equipas de ambulância; SIV e SAV atuam com maior diferenciação técnica, em viaturas próprias.
Cabral afirmou que os tempos de resposta devem ser prioritários, mesmo que implique prescindir de alguns serviços atuais. A recertificação contínua dos operacionais foi apresentada como condição essencial.
Reação laboral e críticas
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar questionou a falta de conhecer o relatório da comissão técnica independente. O sindicalista rejeitou o tom de exclusão sugerido pela mensagem.
Foi destacada ainda a crítica de que há profissionais de carreira desde 2016 com qualificações superiores aos níveis básicos. O sindicato pediu esclarecimentos sobre o desenho da nova organização.