- Moçambique registou cerca de 40 mil casos de cólera e 169 óbitos neste ano, segundo o ministro da Saúde.
- A taxa de mortalidade é de 0,5 por cento, abaixo do teto de 1 por cento recomendado pela Organização Mundial de Saúde.
- Aproximadamente 70 por cento dos óbitos ocorreram na comunidade, devido a défice de informação e comunicação.
- O governo recebeu 3,5 milhões de doses de vacinas para prevenir e tratar a cólera, mantendo o objetivo de eliminar a doença até 2030.
- Dados recentes apontam a distribuição de casos entre as províncias de Nampula e Tete, no contexto do esforço de eliminação.
Desde setembro, Moçambique enfrenta um novo surto de cólera. Esta quarta-feira, o ministro da Saúde atualizou os números: cerca de 40 mil casos e 169 óbitos este ano, com taxa de mortalidade de 0,5%, abaixo do teto de 1% recomendado pela OMS. A declaração ocorreu durante uma sessão no parlamento.
O ministro Ussene Isse destacou que aproximadamente 70% das mortes ocorreram na comunidade, apontando falhas na informação e comunicação em nível local. O governo informou ainda que foram adquiridas 3,5 milhões de doses de vacina para resposta e prevenção da doença.
A cólera é tratável quando há acesso rápido a unidades de saúde, higiene adequada e saneamento. O ministro pediu às comunidades que sigam as medidas de higiene, reforçando que a cólera está relacionada às condições de higiene individuais e coletivas.
Contexto da epidemia e distribuição geográfica
O Ministério da Saúde mantém o monitoramento do surto, com dados de setembro a novembro. Nampula concentrou 346 casos e duas mortes, enquanto Tete registou 213 casos e uma morte. As informações reforçam a necessidade de ações multissetoriais para interromper a transmissão.
O Governo reiterou o objetivo estratégico de eliminar a cólera como problema de saúde pública até 2030. O plano, aprovado pelo Conselho de Ministros, tem um orçamento de cerca de 31 mil milhões de meticais (418,5 milhões de euros) e foca no acesso a água potável, saneamento e cuidados de saúde de qualidade.
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