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Portugal entra em fase epidémica de gripe com tendência de aumento

Portugal entra em fase epidémica de gripe com aumento de casos; mutação AH3N2 grupo K já detetada, cerca de 45% dos AH3N2, com 82 casos graves e 10 internamentos em UCI

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Diário de Notícias da Madeira
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  • Portugal está em fase epidémica de gripe, com aumento de casos confirmados e internamentos em cuidados intensivos, segundo o INSA.
  • Foi detetada uma nova mutação do subtipo AH3N2, designada grupo K, já presente no país e que representa cerca de 45% dos AH3N2 caracterizados.
  • A epidemia começou três a quatro semanas mais cedo do que o habitual.
  • Nesta semana foram registados 82 casos graves de infeção respiratória aguda e 10 internamentos em unidades de cuidados intensivos, com 6,0% de gripe em UCI.
  • Os vírus em circulação são principalmente influenza A, com ligeiro predomínio de AH1N1 e co-circulação com AH3N2; os maiores aumentos ocorreram em crianças de zero a quatro anos e em pessoas com 65 ou mais.

Portugal entrou em fase epidémica de gripe, com aumento de casos confirmados e internamentos em cuidados intensivos, acusa o INSA. A semana 48, iniciada a 24 de novembro, é classificada como epidémica. Os dados apontam para aumento laboratorial de infeções pelo vírus da gripe.

O Boletim de Vigilância do INSA mostra: 82 casos graves em ULS com 10 internamentos em UCI. A gravidade reportada está associada a doenças crónicas subjacentes. A incidência de infeções respiratórias graves atingiu 10,5 por 100.000 habitantes nessa semana.

A proporção de gripe em UCI subiu para 6,0%, face a 1,6% na semana anterior. Os grupos de zero a quatro anos e de 65 ou mais anos registaram os maiores aumentos. O vírus predominante continua o influenza A, com co-circulação de AH1N1 e AH3N2.

Mutação AH3N2 grupo K

A AH3N2 apresenta mutações que podem aumentar transmissão e infeção. O novo subgrupo, designado K, já foi detetado em Portugal e representa cerca de 45% dos AH3N2 caracterizados até agora. O início da epidemia está mais precoce, cerca de três a quatro semanas antes do habitual.

Raquel Guiomar, especialista do INSA, explica que a atividade gripal é epidémica e com tendência crescente. A especialista destaca que a evolução do vírus AH3N2 pode alterar-se nas próximas semanas, com dados europeus a sugerirem padrões semelhantes em países que começaram antes.

Entre os vírus humanos em circulação, predominam os do tipo A, especialmente AH1N1 e AH3N2. A investigação pública ainda acompanha a evolução dos subtipos, com a AH3N2 a merecer maior atenção internacional. A pandemia estende-se e pode influenciar o comportamento da gripe nos próximos dias.

O INSA mantém vigilância e recomenda vacinação sazonal. Sobre outros vírus respiratórios, a circulação de SARS-CoV-2 está reduzida, e o RSV continua com baixa atividade, embora possa crescer nas próximas semanas.

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