- A investigação revelou vestígios de ADN dos suspeitos e expôs falhas de segurança já identificadas numa auditoria de 2018 no Louvre.
- Três dos quatro suspeitos foram detidos; o quarto foi formalmente acusado e apresentado a tribunal em Paris.
- Uma mulher de 38 anos, companheira de um dos detidos, foi libertada sob controlo judicial por suspeita de cumplicidade.
- O assalto ocorreu a 19 de outubro, durou oito minutos e utilizou um monta-cargas, com vestígios de ADN encontrados em itens da fuga e nas vias de acesso.
- O Louvre anunciou o aumento do bilhete para visitantes não europeus de 22 para 32 euros a partir de janeiro, medida enquadrada em esforços de financiamento para modernização.
No Louvre, em Paris, um assalto ocorreu a 19 de outubro, realizado por indivíduos encapuzados que usaram um monta-cargas e ferramentas de corte. O crime durou oito minutos e houve vestígios de ADN em itens da fuga, incluindo uma das motos usadas e objetos deixados no local. A investigação envolve quatro suspeitos, dos quais três já foram detidos e acusados de roubo em grupo organizado e associação criminosa; o quarto foi formalmente acusado e apresentando-se hoje ao tribunal em Paris.
Uma mulher de 38 anos, companheira de um dos detidos, é suspeita de cumplicidade, mas foi libertada sob controlo judicial. Paralelamente, a direção do museu confirmou que o sistema de videovigilância tinha uma senha de acesso simples, descoberta pela imprensa, e que uma auditoria de 2018 já apontava vulnerabilidades no acesso por meio de monta-cargas. As autoridades mantêm a investigação em curso para esclarecer as circunstâncias.
Contexto de segurança
A auditoria de 2018 já sinalizava falhas de segurança no Louvre, incluindo o acesso possível por monta-cargas e uma vulnerabilidade associada ao balcão de entrada. As informações surgem numa altura em que o museu debate renovação e reforço de infraestrutura para prevenir incidentes semelhantes, segundo fontes da agência France-Presse.
Impacto financeiro e político
No mesmo contexto, a direção anunciou um aumento dos bilhetes para visitantes não europeus de 22 para 32 euros, a partir de janeiro. A medida visa angariar fundos para manutenção e renovação do museu, coincidindo com debates sobre melhorias de segurança e infraestrutura de outros grandes locais culturais em França, como o Palácio de Versalhes. A administração do Louvre afirma que as informações de segurança são tratadas com rigor, e que o objetivo é evitar recorrências.