- A 39.ª edição do Prémio Pessoa distinguiu pela primeira vez uma romancista: a escritora Lídia Jorge, aos 79 anos, tornando-a na sétima mulher a vencer o prémio.
- O Prémio Pessoa foi criado em 1987 numa parceria entre o jornal Expresso e a Caixa Geral de Depósitos, para premiar personalidades portuguesas ligadas à vida artística, cultural ou científica.
- A última mulher galardoada foi a cientista Elvira Fortunato em 2020; antes dela, Maria Manuel Mota (2013), Maria do Carmo Fonseca (2010), Irene Flunser Pimentel (2007), entre outras.
- Lídia Jorge é também a primeira romancista a vencer o Prémio Pessoa e tem uma carreira marcada por temas como a mulher e o colonialismo; alguns dos seus títulos mais conhecidos são O Dia dos Prodígios e A Costa dos Murmúrios.
- Além de sagração, a autora foi escolhida pelo presidente da República para presidir à Comissão do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas; o júri do prémio é chefiado por Francisco Pedro Balsemão.
A 39.ª edição do Prémio Pessoa distinguiu pela primeira vez uma romancista, Lídia Jorge, aos 79 anos, tornando-a a sétima mulher a vencer o prémio. O galardão, criado em 1987 pelo Expresso e pela Caixa Geral de Depósitos, homenageia personalidades portuguesas da cultura, ciência ou artes.
A nomeação marca um marco na história do prémio, que já distinguiu nomes como Elvira Fortunato (2020), Maria Manuel Mota (2013) e Maria João Pires (1989). Lídia Jorge junta‑se a esse grupo de vencedoras ao longo de mais de três décadas.
Lídia Jorge é natural de Faro e tem uma carreira marcada por temáticas femininas e coloniais. O seu romance de estreia, O Dia dos Prodígios (1980), passa‑se numa aldeia algarvia no pós 25 de Abril. Entre as obras seguintes destacam‑se A Costa dos Murmúrios (1988) e O Vento Assobiando nas Gruas (2002).
Ao longo dos anos, a autora recebeu numerosos prémios nacionais e internacionais, como o Prémio Jean Monnet de Literatura Europeia (2000) e o Prémio Correntes d’Escritas (2002). O reconhecimento incluiu ainda distinções da SDA e da Fundação Günter Grass.
Este ano, Lídia Jorge foi também escolhida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para presidir à Comissão do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. O júri do Prémio Pessoa foi chefiado por Francisco Pedro Balsemão.
Além do presidente, o júri contou com nomes como Maria Manuel Mota, Pedro Norton e Viriato Soromenho-Marques, entre outros. A composição manteve o objectivo de manter a ligação entre cultura, ciência e sociedade civil.
Comissões e impacto
- A nomeação de Lídia Jorge para presidir a Comissão do Dia de Portugal reforça a influência cultural da autora.
- O reconhecimento do Prémio Pessoa, dedicado a personalidades portuguesas, reforça a visibilidade de obras literárias com impacto social.
- A cerimónia e os detalhes formais do prémio devem ser anunciados pela organização nos próximos dias.
Entre na conversa da comunidade