- A União Europeia apresentou um plano para canalizar para Kiev receitas de cerca de 235 mil milhões de euros de ativos russos congelados na UE, dos quais 210 mil milhões estão depositados na Euroclear, com sede na Bélgica.
- O embaixador russo na Alemanha, Serguei Nechayev, avisou que usar esses ativos terá “consequências consideráveis” e classificou qualquer transação sem consentimento como roubo, prevendo processos judiciais e anarquia jurídica.
- A Bélgica teme impactos legais e financeiros para a Euroclear caso o mecanismo avance, colocando em risco a viabilidade do plano.
- O chanceler alemão, Friedrich Merz, desloca-se à Bélgica para tentar convencer o governo local dos méritos da proposta europeia.
- O Kremlin sustenta que a posição europeia mostra falta de recursos para manter o apoio militar a Kiev.
Embaixadores russos alertaram para consequências relevantes caso ativos soberanos congelados sejam usados pela UE para financiar a Ucrânia. O aviso surge num contexto de escrutínio sobre o plano da Comissão Europeia para canalizar receitas desses ativos para Kiev.
Segundo a UE, cerca de 235 mil milhões de euros em ativos russos estariam congelados na União, sendo 210 mil milhões depositados na Euroclear, com sede na Bélgica. Bruxelas defende o mecanismo para apoiar a Ucrânia, apesar da resistência belga.
Posições e desdobramentos
O embaixador russo em Berlim afirmou que qualquer transação sem consentimento seria roubo e previsivelmente colocaria em risco a reputação da UE, além de abrir caminho a processos judiciais longos e a uma possível anarquia jurídica. Estas palavras foram utilizadas para advertir Bruxelas.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, viajou à Bélgica para convencer as autoridades locais, sobretudo o governo belga, da viabilidade e méritos da proposta europeia. A meta é obter apoio para avançar com o plano, apesar das reservas de Bruxelas.
Para o Kremlin, a posição europeia revela a falta de recursos contínuos para manter o apoio militar a Kiev. Em reação, as autoridades russas destacam que o uso dos ativos congelados mostraria limitações orçamentais da UE, segundo o discurso do embaixador.
