- Detenção de Paulo Abreu Santos, advogado de 38 anos e ex-adjunto do Ministério da Justiça, com prisão preventiva decretada; investigação conduzida pelo DIAP de Lisboa em colaboração com a Polícia Judiciária de cibercrime.
- A residência em Corroios (Seixal) foi alvo de busca, com apreensão de dois telemóveis, três discos externos, duas pens USB e três computadores portáteis, contendo mais de 570 ficheiros de pornografia de menores.
- Os ficheiros envolvem menores entre 4 e 14 anos, maioritariamente rapazes, recolhidos em pelo menos 13 grupos de partilha em aplicações de mensagens, incluindo o Signal; há conteúdos produzidos pelo suspeito, incluindo abusos de rapazes de 10 anos.
- Além de abuso de menores, há suspeitas de devassa da vida privada e de câmaras ocultas em espaços como balneários e casas de banho; o IP de um computador do Estado utilizado pelo suspeito terá sinalizado partilha de conteúdo sexual com menores.
- O processo centra-se na identificação de vítimas, origem e circulação do material e na possível existência de outros suspeitos; o arguido está em isolamento numa cadeia anexa à Polícia Judiciária, com transferência prevista para o Estabelecimento Prisional da Carregueira.
Foi detido em Corroios, Seixal, um advogado de 38 anos, antigo adjunto do Ministério da Justiça, suspeito de abuso sexual de menores e de produção de conteúdos com menores. A prisão preventiva foi decretada pelo juiz de instrução, após uma investigação iniciada pelo DIAP de Lisboa em coordenação com a unidade de cibercrime da polícia.
Na residência do suspeito, foram apreendidos dois telemóveis, três discos externos, duas pendrives e três computadores portáteis. No material recolhido existem mais de 570 ficheiros de pornografia de menores, com crianças entre 4 e 14 anos, reunidos presumivelmente em grupos de partilha de mensagens como o Signal.
A investigação procura identificar vítimas, origem e circuito de circulação do material, bem como eventuais outros suspeitos. Conteúdos produzidos pelo próprio arguido incluem gravações que alegadamente mostram abusos de dois rapazes de 10 anos, além de referências a gravações de atos sexuais com adultos sem consentimento e câmaras ocultas em balneários.
Investigação em curso e contexto
O processo envolve ainda alegadas situações de devassa da vida privada e a existência de câmaras ocultas em espaços como balneários. O inquérito está a decorrer com o objetivo de esclarecer a extensão do material, a origem das imagens e possíveis cúmplices, mantendo o suspeito em isolamento numa cadeia anexa à PJ.
O Ministério Público e as autoridades não descortinam, neste momento, o número total de vítimas. A investigação continua a avançar para apurar difusão do conteúdo e a identificar outras pessoas associadas ao caso.
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