Em Alta desportofutebolpessoasinternacionaisnotícia

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?

EUA anunciam oito mortos em ataques nas Caraíbas contra três embarcações

Ataques a navios no Pacífico elevam para 95 o total de mortos desde setembro, suscitando discussões sobre legalidade e provas das operações

Telinha
Por
Photo
0:00 0:00
  • As forças armadas dos EUA anunciaram ter morto oito alegados traficantes de droga em três embarcações que atacaram na noite de segunda-feira no Pacífico, elevando para 95 o total de mortes desde setembro.
  • Navios teriam transitado por rotas conhecidas do narcotráfico no leste do Pacífico e teriam estado envolvidos no tráfico, segundo o Comando Sul dos EUA numa publicação na X com vídeo dos ataques.
  • Um total de oito narcoterroristas do sexo masculino foram mortos nessas operações.
  • Desde início de setembro, os EUA atacaram pelo menos 26 navios acusados de operar no tráfico de droga nas Caraíbas ou no leste do Pacífico, resultando em pelo menos 95 mortos, sem provas de envolvimento das embarcações.
  • Organizações internacionais e aliados questionam a legalidade dos ataques; a presença militar no Caribe foi reforçada, incluindo o envio do porta-aviões USS Gerald R. Ford, o que gerou críticas de HRW, ONU e Governo francês entre outros.

As forças armadas dos EUA anunciaram a morte de oito alegados traficantes de droga em três embarcações que atacaram na noite de segunda-feira no Pacífico, elevando para 95 o número de mortos desde o início de setembro. O anúncio foi feito pelo Comando Sul dos EUA, em X, acompanhado de um vídeo que mostra ataques a navios no mar.

Segundo as informações oficiais, os navios transitavam em rotas conhecidas do narcotráfico no leste do Pacífico e estavam implicados no tráfico. O Exército norte-americano confirmou que oito narcoterroristas do sexo masculino foram mortos nessas operações.

Desde o início de setembro, os EUA realizaram ataques contra pelo menos 26 embarcações acusadas de operar no tráfico de droga nas Caraíbas ou no leste do Pacífico, resultando na morte de pelo menos 95 pessoas. Não há, porém, provas públicas de que as embarcações fossem efetivamente envolvidas em atividades criminosas, o que tem gerado questionamentos de especialistas e da ONU.

Reforço militar e contexto regional

O país intensificou a presença militar na região desde agosto, apresentando como objetivo a luta contra o narcotráfico. Em outubro chegou ao Caribe o USS Gerald R. Ford, o maior porta-aviões do mundo, com cerca de 5 mil militares e 75 aviões, acompanhado de contratorpedeiros.

Ao final de outubro, havia cerca de 10 mil militares norte-americanos no sul das Caraíbas e na base em Porto Rico, com metade a bordo de oito navios. A presença ampliada suscitou questionamentos sobre a legalidade das ações em águas internacionais.

Reações e posição internacional

O secretário de Guerra dos EUA comparou os ataques às redes de narcotráfico com guerras travadas no Médio Oriente, o que gerou críticas de alguns peritos e organizações internacionais. A Casa Branca acusa Nicolás Maduro de liderar uma vasta rede de narcotráfico, uma alegação negada pelo Presidente venezuelano.

A HRW alertou para a legalidade das ações em águas internacionais e apelou aos parceiros para condenarem ataques a embarcações de alegados traficantes sem devido processo. O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos sublinhou que o uso da força letal é permitido apenas como último recurso contra uma ameaça iminente.

Perspectivas internacionais

No G7, chefes da diplomacia questionaram a legalidade das ações dos EUA na região das Caraíbas. O ministro francês dos Negócios Estrangeiros afirmou que as operações levantam preocupações sobre o direito internacional, sobretudo porque a França mantém presença na região através de territórios ultramarinos. Em meio a essas discussões, a imprensa informou que o Reino Unido suspendeu, temporariamente, a partilha de informações com os EUA, notícia que foi negada pelo secretário de Estado Marco Rubio.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais