- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou acreditar que um acordo de paz na Ucrânia está mais próximo do que nunca, após encontros em Berlim.
- Enviados norte-americanos e o presidente ucraniano, com líderes europeus, descreveram as conversas como muito positivas.
- Washington ofereceu garantias de segurança de nível platina à Ucrânia, semelhantes às previstas no Artigo cinco da Organização do Tratado do Atlântico Norte, sem destacamento de tropas norte-americanas.
- O plano de paz não prevê tropas dos Estados Unidos na Ucrânia e exige aprovação do Senado, incluindo mecanismos de dissuasão, verificação e desescalada.
- Dez países europeus e a União Europeia propõem uma força multinacional para apoiar o exército ucraniano, liderada pelos EUA, com um mecanismo para monitorizar o cessar-fogo; Kiev e Moscou ficarão com as decisões finais sobre territórios.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje que acredita estar mais próximo do que nunca de um acordo de paz na Ucrânia, após encontros em Berlim entre enviados norte-americanos e o Presidente ucraniano. Trump reiterou que está a sentir um forte suporte entre aliados europeus para encerrar o conflito.
As declarações de Trump ocorreram numa intervenção na Casa Branca, depois de uma ronda de contactos com líderes europeus. Segundo o Presidente norte-americano, as negociações têm apresentado avanços e os aliados querem de facto ver o fim da guerra.
Informações internas indicam que, em Berlim, os enviados Steve Witkoff e Jared Kushner reuniram-se com Volodymyr Zelensky e responsáveis europeus. Fontes oficiais norte-americanas descreveram as conversas como positivas em quase todos os aspetos, sem detalhar o conteúdo.
Washington apresentou garantias de segurança de alto nível à Ucrânia durante as negociações, estimadas como de “nível platina”. As fontes sublinharam que estas garantias se aproximam das obrigações previstas no Artigo 5.º da NATO, sem revelar compromissos de tropas norte-americanas no território ucraniano.
O plano de paz, ainda com poucos detalhes, prevê mecanismos de dissuasão, verificação e desescalada, sem a presença de tropas norte-americanas no terreno. A presença parlamentar norte-americana é necessária para a aprovação final do acordo no Senado, algo que Trump indicou estar disposto a apoiar.
Sobre a disputa de territórios ocupados, as partes continuam a ser consideradas pela Ucrânia e pela Rússia como questões a resolver. Embora haja progressos, as decisões finais deverão ficar a cargo de Kiev e de Moscovo, conforme indicaram os responsáveis.
No fim de semana, Zelensky reuniu-se em Berlim com Witkoff e Kushner, reforçando o alinhamento com Washington. Hoje, as negociações prolongaram-se em Berlim, com a participação de líderes europeus e do Secretário-Geral da NATO, Jens Stoltenberg, entre outros.
Uma iniciativa europeia proposta por dez países e líderes da UE visa liderar uma força multinacional para apoiar a Ucrânia, com contributos voluntários e o apoio dos Estados Unidos. A força seria limitada a 800.000 soldados e incluiria um mecanismo de monitorização do cessar-fogo. O objetivo é oferecer apoio sustentável ao exército ucraniano e pressionar pela desescalada.
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