- O secretário-geral do PCP afirmou que o pacote laboral foi rejeitado socialmente, pela opinião pública e pelos trabalhadores, defendendo retirá-lo da discussão.
- A greve geral foi descrita como uma poderosa demonstração de força e unidade dos trabalhadores perante a proposta do Governo.
- Raimundo avisou que, se o Governo insistir no pacote, terá de enfrentar consequências e derrota política, sem maioresias suficientes para impor a medida.
- O líder comunista criticou declarações da ministra do Trabalho sobre não recuar no pacote e disse que o Governo está em negação, associando as “traves mestras” a mais precariedade e ataques aos horários.
- Caso o pacote seja votado, o PCP votará contra, e a força da greve foi apresentada como oportunidade para ampliar a frente social de luta contra o caminho em curso.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, afirmou nesta segunda-feira que o pacote laboral foi rejeitado pela sociedade, pela política e pela opinião pública, defendendo que a única opção do Governo é retirarlo da discussão. A comunicação ocorreu em Lisboa, após a reunião do Comité Central do partido na sede nacional.
Raimundo sustentou que a greve geral foi uma demonstração poderosa de força e de unidade dos trabalhadores perante a proposta governamental. Segundo o líder comunista, não há maiorias suficientes para impor a vontade do Executivo, mesmo com maioria parlamentar, e o caminho passa pela retirada do pacote.
O político deixou claro que, se o Governo insistir, haverá consequências políticas. Referiu ainda que nenhum governo consegue impor a sua vontade sobre os trabalhadores, independentemente da maioria existente. A declaração foi feita após críticas do Executivo à adesão à greve.
Reação à posição do Governo
Paulo Raimundo recordou, de forma direta, o passado de 2012, quando alterações à Taxa Social Única marcaram o início do fim do Governo da altura. Abaixo, reiterou que não vale a pena manobrar peças para manter o essencial, apontando as «traves mestras» do pacote como caminho para mais precariedade e ataques aos horários de trabalho.
O líder do PCP avaliou que o Governo recorreu à desinformação sobre a adesão à greve. Constatou que a imagem dos ministros e do primeiro-ministro ficou associada a uma postura de isolamento, enquanto os trabalhadores responderam com rejeição clara ao pacote.
Perspetiva futura
Raimundo insistiu que o pacote laboral está rejeitado e que, caso seja votado, o PCP votará contra. Atribuiu à greve geral a dimensão de uma expressão de resistência e de esperança, afirmando que abre a possibilidade de ampliar uma frente social de combate para derrotar o caminho em curso.
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