- Catarina Martins, candidata do BE, defende aprofundar a autonomia da Madeira para aumentar a responsabilização entre Governo Regional, Assembleia Regional e a relação com a República.
- A dirigente salientou a importância de dar voz às regiões autónomas sobre o que é fundamental para o seu território e recursos naturais, incluindo a gestão das águas territoriais.
- Referiu ter trabalhado numa revisão constitucional que visava novas formas de autonomia; o processo não foi concluído na altura.
- Afirmou que a democracia efetiva depende do aprofundamento da autonomia e do escrutínio político, defendendo maior responsabilização.
- Sobre um ferry Madeira‑Continente, afirmou que é uma necessidade sentida e que as soluções devem favorecer o interesse público da região, diante de possíveis interesses privados.
Catarina Martins, candidata do BE, reiterou aos jornalistas no Funchal a necessidade de aprofundar a autonomia da Madeira para aumentar a responsabilização entre Governo Regional e Assembleia Legislativa, bem como promover mecanismos de solidariedade com a República. O objetivo é dar voz às regiões sobre o território e os recursos naturais.
A candidata ressaltou a importância de reforçar a gestão das águas territoriais e o papel das regiões autónomas na definição de políticas que afectam o quotidiano das populações. Reafirmou que já defendeu revisões constitucionais com novas formas de autonomia.
Afirmou ainda que a melhor forma de uma democracia eficaz é aprofundar a autonomia e responsabilização, incluindo a ligação entre República e regiões. A crítica incidiu sobre falhas passadas na implementação dessas propostas.
Autonomia e Relações com a República
Defendeu que o Presidente da República não legisla, mas pode chamar a atenção para questões óbvias e urgentes que afectam as regiões. Salientou que a Madeira deve ter maior participação nas decisões que respeitam o seu território.
Acrescentou que a revisão constitucional que visava derrubar o representante da República e criar novas formas de autonomia não chegou a avançar. A candidata destacou que o debate deve permanecer centrado nas populações locais.
Infraestruturas e interesse público
Sobre o transporte, considerou a criação de um ferry Madeira-Continente uma necessidade sentida pela população. Afirmou que, para responder de forma eficaz, é essencial equacionar o interesse público regional em detrimento de interesses privados de grandes grupos económicos.
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