- No debate de eleições presidenciais agendadas para 18 de janeiro, Ventura e Pinto discutiram o pacote laboral do Governo e a greve geral que paralisou o país.
- Ventura afirmou que o Chega defende uma lei laboral moderna e criticou a ideia de que a legislação favorece quem não quer trabalhar, dizendo que a greve manchou o dia e que é preciso evitar a demissão de restrições à subcontratação.
- Pinto acusou Ventura de mudar de posição sobre a lei laboral, defendeu uma reforma com equilíbrio, menos impostos e foco na precariedade e na tecnologia da economia.
- Pinto afirmou que é necessário transformar a economia portuguesa, com prioridade ao combate à precariedade e à reintegração de trabalhadores despedidos ilicitamente.
- Ventura disse que não é anti-sistema e criticou a hipótese de dissolução do Parlamento caso não haja revisão constitucional, mencionada pelo adversário.
André Ventura (Chega) e Jorge Pinto (Livre) estiveram frente a frente nesta quinta-feira, numa antevisão às eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro. O debate centrado no pacote laboral do Governo ocorreu no contexto da greve geral que paralisou o país. Os candidatos apresentaram posições opostas sobre legislação laboral, subcontratação e reformas económicas.
Ventura afirmou que o Chega defende uma lei laboral moderna, oposta a uma legislação que prejudique trabalhadores e que sirva de pretexto para ataques às mães que trabalham. Considerou legítima a greve, mas endereçou críticas ao que chamou de excessos sentimentais junto ao Parlamento. Defendeu manter restrições à subcontratação e criticou o custo da greve.
Pinto, por seu lado, acusou Ventura de inconsistência nas posições sobre a lei laboral. Defendeu mudanças com equilíbrio, apontando precariedade, uso da tecnologia na economia e redução de impostos como prioridades. Reforçou a necessidade de una economia mais competitiva e disse que quem for despedido ilicitamente deve ser reintegrado.
Contexto e linhas de ação
Pinto afirmou a necessidade de transformar a economia portuguesa, com foco na redução da precariedade e no impulso tecnológico. Acusou o opositor de se alinhar ao que chamou de “sistema” e de ser favorável a um país subsidiado. Ventura rebateu, dizendo que não é anti-sistema e criticando a narrativa de chega a menos de 1% nas sondagens.
Ventura mencionou a possibilidade de dissolução do Parlamento caso não haja uma revisão constitucional, o que foi recebido com rejeição por Pinto. O debate destacou a tensão entre medidas de modernização económica e críticas a intervenções institucionais, sem que haja consenso claro entre os dois lados.
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