- O tema da justiça abriu o frente-a-frente, com a candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda a dizer que é muito preocupante a perceção de falta de conhecimento do Procurador-Geral da República sobre os problemas do país, citando a Operação Influencer e a demissão do primeiro-ministro António Costa.
- O candidato apoiado pelo Partido Socialista afirmou que há perguntas que devem ter respostas e que, passados dois anos, ainda não houve clarificação por parte do Ministério Público.
- Catarina Martins vinculou António José Seguro à posição do Governo no tema da lei laboral e questionou por que não há um Jorge Sampaio nas eleições, lembrando que Sampaio apoiou toda a esquerda.
- Seguro respondeu que é necessário um sistema político equilibrado, sem hegemonia da direita, e com uma pessoa moderada da esquerda capaz de dialogar com todos os setores da sociedade.
- Catarina Martins acusou Seguro de ter uma “abstenção violenta” durante o governo de Passos Coelho e de medidas consideradas inconstitucionais pelo Tribunal Constitucional; Seguro afirmou ter-se oposto às medidas que iam além da troika e que, na crise, definiu o que era nacional.
No frente-a-frente político em análise, as acusações centraram-se na clarificação do Procurador-Geral da República, nas críticas ao pacote laboral e em referências a Jorge Sampaio. Os candidatos discutiram ainda a constitucionalidade de medidas e o papel do governo atual.
A candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda afirmou que é preocupante a perceção de desconhecimento do Ministério Público sobre problemas nacionais, citando o caso da Operação Influencer que levou à demissão do então primeiro-ministro António Costa. O objetivo é que o MP explique ao País a situação.
O candidato apoiado pelo PS reiterou que existiam perguntas sem resposta após dois anos e que o MP tem de clarificar. Sobre a lei laboral, Catarina Martins associou António José Seguro às políticas do governo, acusando o passado de não defender devidamente a esquerda.
Confrontos sobre constitucionalidade
Catarina Martins questionou por que não houve um Jorge Sampaio nestas eleições, lembrando o papel do antigo Presidente junto à esquerda. Seguro respondeu que o sistema político precisa de equilíbrio, sem hegemonia de direita, defendendo uma figura moderada de esquerda capaz de dialogar com todos.
Seguro lembrou ainda o período difícil da crise económica, afirmando que não participou no governo de José Sócrates nem discutiu o memorando, mas que o tratou com responsabilidade. Garantiu ter seguido o interesse nacional, mesmo quando isso exigiu contrariar medidas além da troika.