- Mediadores do Egito, Qatar, Turquia e Estados Unidos mantêm negociações para suspender o cerco e permitir o retorno de combatentes aos túneis em Gaza, mantendo o cessar-fogo em vigor desde dez de outubro.
- O Hamas pediu que Israel permita que dezenas de combatentes saiam dos túneis; estimativa atual aponta entre sessenta e oitenta combatentes vivos.
- A proposta prevê passagem segura para áreas fora de Israel, para evitar violações do cessar-fogo.
- As conversas, realizadas no Egito, contam com participação de autoridades egípcias e de representantes dos mediadores, com apoio dos EUA, Qatar e Turquia.
- O quadro envolve trocas de reféns, retirada parcial de tropas e ajuda humanitária, em meio a acusações mútuas de violações do cessar-fogo.
As negociações entre mediadores internacionais e as autoridades de Israel e do Hamas continuam, com o objetivo de conter o cerco em Gaza, facilitar trocas de reféns e evitar uma escalada. O Hamas pediu aos mediadores — Egito, Qatar, Turquia e EUA — que pressionem Israel a permitir a saída de combatentes dos túneis na Faixa de Gaza. A ideia é garantir passagem segura para áreas fora de Israel, de modo a não violar o cessar-fogo vigente.
Segundo fontes próximas aos contactos, o objetivo é encontrar uma solução que não comprometa a trégua em vigor desde 10 de outubro. O Hamas afirma que entre 60 e 80 combatentes permanecem vivos nos túneis da zona sul, principalmente membros das Brigadas al-Qassam. O número difere de estimativas anteriores, que apontavam até 200 combatentes retidos nos túneis. O governo israelita não confirmou mudanças na autorização de passagem.
Panorama dos esforços e implicações
As discussões envolvem o envio de uma passagem segura para áreas fora de território sob controle israelita, visando reduzir riscos de novas violações do cessar-fogo. A crise já foi tema de reuniões no Egito, com Hassan Rashad, chefe dos serviços de informações egípcios, entre os interlocutores. O esforço faz parte do plano norte-americano para avançar com etapas como retirada contínua de tropas, desarmamento do Hamas e estabelecimento de uma força internacional na Faixa de Gaza.
Até o momento, não houve confirmação de mudanças na posição de Israel sobre a passagem segura de combatentes. O conflito, iniciado com ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, deixou milhares de mortos e uma crise humanitária profunda na região, com destruição generalizada de infraestruturas e deslocamento de centenas de milhares de pessoas. As negociações seguem com o objetivo de consolidar um acordo duradouro que permita avanços humanitários e uma estabilização regional.