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Aumento de crimes contra idosos, sobretudo mulheres, após violência doméstica

Até agosto de 2025, a APAV apoiou 1.557 idosas, 75% mulheres, com episódios prolongados de violência; seis estão em acolhimento de emergência e 27 em casas de abrigo.

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Notícias do Sorraia
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  • Dados da APAV mostram aumento das denúncias de violência contra idosos entre 2019 e 2024, subindo 29% (de 1.341 para 1.730).
  • Até agosto de 2025, 1.557 vítimas idosas foram apoiadas, 75% mulheres; há seis em acolhimento de emergência, 27 em casas de abrigo, em duas casas específicas para idosas.
  • A violência prolonga-se por vezes durante namoro, convivência ou relação familiar, com o agressor a ser o companheiro ou, em cerca de metade dos casos, os filhos.
  • Exemplos de casos: Odete, 72 anos; Etelvina, 62 anos; e Gertrudes, 75 anos, todas vítimas que recorrem a casas de abrigo devido a violência doméstica.
  • O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres ocorre na próxima semana; até 30 de setembro registavam-se 19 mortes por violência doméstica em Portugal, 16 mulheres.

Nos dados divulgados pela APAV, até agosto de 2025, foram apoiadas 1.557 vítimas com mais de 65 anos, 75% delas mulheres. O aumento acompanha a tendência de anteriores exercícios, com foco em violência doméstica contra idosas.

Entre as atuais intervenções, seis mulheres estão em acolhimento de emergência e 27 em casas de abrigo. Existem duas casas específicas para idosas, onde residem, maioritariamente, vítimas de violência que persiste há anos.

Contexto da violência contra idosas

As situações de violência prolongada abrangem namoros, convivência e familiares. Em muitos casos, o agressor é o companheiro, mas em cerca de metade das ocorrências é o filho da vítima. Existem ainda casos em que o agressor é irmão ou enteado.

Casos e impactos

Odete Pereira, 72, quer divorciar-se após 45 anos de casamento marcado pela violência. Relata episódios de agressões, incluindo agressões físicas que levaram à decisão de sair de casa. A vítima encontra-se numa casa de abrigo há poucos meses e descreve sensação de segurança e tranquilidade.

Gertrudes Pereira, 75, esteve amplamente exposta a abusos ao longo do tempo, incluindo violação e agressões por enteado. A equipa técnica destaca o desafio de assegurar soluções permanentes de autonomia, como vagas em lares, frente a necessidades de saúde e diagnose de doenças.

Etelvina Silva, 62, viveu crise familiar com o filho agressor, culminando na intervenção policial. Evidencia-se a dificuldade de manter a dignidade e a necessidade de apoio contínuo para distanciar-se de ameaças.

Perspectivas e desafios

A psicologia clínica aponta dependência emocional e financeira como fatores que prolongam a permanência em ambientes abusivos. O objetivo é promover autoestima, autonomia e opções de acolhimento estáveis, sem recorrer a soluções de última hora.

Segundo a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, até setembro ainda havia várias idosas em acolhimento, com casos de violência que se estendem ao longo de anos. O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres celebra-se na terça-feira.

Em Portugal, a violência contra idosos continua a ser um dos crimes mais graves, com mortalidade expressiva, refletindo a necessidade de respostas sociais mais imediatas e adequadas.

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