- O almirante alertou para a situação “pantanosa” em Portugal, dizendo que a democracia mostra “sinais de fadiga”.
- A candidatura dele é suprapartidária e independente da lógica partidária; afirma que o sistema é essencial, mas não deve guiar a presidência.
- Critica o desequilíbrio político, com três grandes partidos, defendendo que o Presidente deve unir todos os portugueses sem ideologia.
- Manifestou preocupação com a preparação de Portugal frente a riscos internacionais, especialmente a máquina de guerra russa e a NATO, e com o planeamento de gastos em equipamento.
- Defende a lei do lóbi e admite que a proposta laboral é inútil, propondo pressão constante para reformar a justiça; critica o foco dos debates em conteúdo vazio.
O almirante Gouveia e Melo pediu hoje cautela sobre o estado da democracia em Portugal, descrevendo a situação como pantanosa e com sinais de fadiga. A intervenção foi feita durante uma sessão no International Club of Portugal, em Lisboa.
Numa análise crítica, o candidato presidencial associou a expressão a águas estagnadas que, na sua leitura, corroem a vitalidade institucional. Explicou que o sistema partidário, embora essencial, não pode guiar a presidência da República.
Afirmou que a liderança presidencial deve ser suprapartidária e incluir todos os portugueses, rejeitando que a presidência seja influenciada por linhas partidárias. Criticou o papel atual de alguns partidos na governação.
Segundo o almirante, o panorama político está desbalanceado, com três grandes áreas partidárias que dificultam a governança estável e o planeamento a longo prazo. Refere ainda que o país precisa de um país inteiro, não de soluções setoriais.
Gouveia e Melo reconheceu ter enfrentado ataques do sistema ao tentar participar ativamente na vida cívica. Comentou que os debates televisivos valorizam o argumento rápido, em detrimento do conteúdo sobre o futuro de Portugal.
Contexto económico e internacional
O candidato expressou preocupação com a preparação de Portugal para ameaças globais, nomeadamente pela atuação da Rússia e o papel da NATO. Afirmou que o país pode investir sem planeamento adequado e sem prioridades estratégicas.
Relativamente a políticas públicas, apontou que a lei laboral atual é pouco prática e mostrou apoio à regulação de lóbis, para esclarecer quem decide e porquê. Defendeu um enquadramento claro das atividades de grupos de interesse.
Sobre a justiça, admitiu que a reforma deve ocorrer com pressão constante, defendendo evitar que intervenha de forma excessiva na política. Criticou a perceção de que processos judiciais criam dúvidas sobre instituições.
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