- Zelensky afirmou, em Berlim, que pode abandonar a candidatura da Ucrânia à NATO em troca de garantias de segurança bilaterais com os Estados Unidos e parceiros europeus.
- Rejeitou ceder Donbass e recusou criar uma zona económica desmilitarizada na região leste, defendendo o congelamento da linha de contacto.
- As garantias de segurança teriam de ser juridicamente vinculadas e aprovadas pelo Congresso dos Estados Unidos.
- O anúncio ocorreu à margem de uma reunião com o chanceler alemão, Friedrich Merz, e enviados dos EUA, antes de uma cimeira europeia e da NATO.
- O objetivo é impedir nova agressão russa, num conflito que desde 2022 já provocou dezenas de milhares de mortes.
Volodymyr Zelensky mencionou em Berlim que pode abandonar a candidatura da Ucrânia à NATO em troca de garantias de segurança com os Estados Unidos e apoio dos aliados ocidentais. A declaração foi feita durante a chegada a Berlim para uma reunião com o chanceler alemão e representantes norte-americanos.
O chefe de Estado ucraniano afirmou que o compromisso seria bilateral, envolvendo garantias de segurança entre Ucrânia e Estados Unidos, além de garantias de parceiros europeus, Canadá, Japão e outros. O objetivo é evitar nova agressão russa.
Zelensky rejeitou a sugestão dos EUA de ceder a região do Donbass e não aceitou criar uma zona económica desmilitarizada nessa área. Pediu, em vez disso, um congelamento da atual linha de contacto, mantendo a integridade territorial ucraniana.
Contexto e próximos passos
A posição surge numa altura em que várias tretas diplomáticas se cruzam antes da cimeira convocada pelo chanceler alemão para segunda-feira, com líderes europeus, instituições da UE e da NATO. As negociações ocorrem no contexto da invasão russa à Ucrânia iniciada em fevereiro de 2022.
Desde o início do conflito, o país tem procurado garantias de segurança ocidentais fortes. A ofensiva levou a inúmeras baixas civis e militares e condiciona o planeamento estratégico de Kiev e de seus aliados.
Desdobramentos esperados
A reunião em Berlim pretende esclarecer se as garantias de segurança podem ser juridicamente vinculantes e aprovadas pelo Congresso dos EUA. A evolução das negociações pode influenciar a postura de Kiev em relação à adesão à NATO no médio prazo.
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