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Personalidades mundiais defendem Boaventura de Sousa Santos contra cancelamento

Mais de 200 signatários de 32 países assinam manifesto contra o cancelamento público de Boaventura de Sousa Santos, em meio a acusações e processo-crime por difamação

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O professor catedrático e sociólogo Boaventura de Sousa Santos lamentou hoje o “golpe de Estado” que aconteceu no Centro de Estudos Sociais de Coimbra, no âmbito de um processo em que foi acusado de assédio a investigadores da instituição, Coimbra, 11 de julho de 2024. Em entrevista à Agência Lusa quase 15 meses depois do assunto ter sido tornado público, Boaventura de Sousa Santos disse ter sido transformado num bode expiatório e, de alguma maneira, como a origem do mal de uma “instituição de excelência, de uma instituição inclusiva”. (ACOMPANHA TEXTO DE 12 DE JULHO DE 2024). PAULO NOVAIS/LUSA
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  • Mais de 200 personalidades de 32 países assinam um manifesto contra o cancelamento público de Boaventura de Sousa Santos, incluindo Lídia Jorge, Vital Moreira e Adolfo Pérez Esquivel.
  • O manifesto denuncia violação do direito de defesa do professor e a presunção de inocência, defendendo o fim do silenciamento e do cancelamento.
  • O movimento internacional envolve signatários como Baltasar Garzón, Marilena Chaui, Leonardo Boff e outros académicos, jornalistas e figuras públicas de várias áreas.
  • O Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES) foi o foco das denúncias de assédio que levaram à suspensão de Sousa Santos e de Bruno Sena Martins em abril de 2023, após um capítulo de livro.
  • Em março de 2024, a comissão independente confirmou padrões de abuso de poder no CES; em setembro de 2024 Sousa Santos iniciou ações civis contra 13 investigadoras, que posteriormente desistiu, passando a acusar as académicas de difamação num processo-crime.

Boaventura de Sousa Santos enfrenta há anos um núcleo de denúncias no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra. Em 2023, surgiram acusações de assédio num capítulo de livro. A reação institucional incluiu suspensões de cargos no CES.

Um inquérito independente, divulgado a 13 de março de 2024, concluiu que houve padrões de abuso de poder e conduta inadequada por parte de pessoas em posições superiores. O relatório não revelou nomes, mas indicou um volume de denúncias significativo.

Ao todo, 14 pessoas foram denunciadas por 32 denunciantes, num total de 78 denúncias, segundo o documento. Seguidores contestaram, pedindo investigações rápidas por parte das autoridades portuguesas. Em 2024, ações judiciais civis foram movidas contra 13 investigadoras, mas acabaram abandonadas.

Processo criminal e resposta internacional

Este ano, Sousa Santos abriu um processo-crime por difamação contra as 13 académicas, após desistir das ações cíveis. A medida representa uma escalada processual e gera nova controvérsia no meio académico.

Paralelamente, um manifesto internacional contra o cancelamento público do sociólogo ganhou adesões expressivas. Assinaram-no mais de 200 personalidades de 32 países, ampliando o debate sobre liberdade académica e defesa de presunção de inocência.

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