- No Reino Unido, houve um aumento de 9,6% nas inscrições em cursos de engenharia, construção e ambiente construído no City of Westminster College nos últimos três anos.
- A estudante Maryna Yaroshenko, que se forma em canalização, diz que a IA não pode substituir a prática no ofício.
- Um inquérito do Chartered Institute of Personnel and Development aponta que um em cada seis empregadores espera reduzir quadro de pessoal nos próximos doze meses com o uso de IA.
- O City of Westminster College, parte do United Colleges Group, registou maior interesse em cursos práticos devido ao custo da universidade e à IA.
- Especialistas destacam que a procura por formações técnicas se intensifica pela idade da força de trabalho e pela possibilidade de abrir negócio próprio.
A IA está a transformar o mercado de trabalho, acelerando a automação em setores de colarinho branco e elevando a procura por formação prática. No Reino Unido, jovens procuram alternativas à universidade para evitar dívidas e garantir estabilidade.
Entre os que optam por formação técnica, Maryna Yaroshenko, de 22 anos, destaca a canalização como área com menos risco de substituição pela IA. Estuda no City of Westminster College, em Londres, e afirma que a prática mantém-se essencial mesmo com o avanço tecnológico.
No Centro de Westminster College (CWC), instituição de formação profissional do United Colleges Group, verificou-se um aumento de 9,6% nas inscrições em engenharia, construção e áreas ligadas, nos últimos três anos. O chefe executivo Stephen Davis aponta fatores como o custo universitário e o interesse dos alunos na IA.
Para especialistas, a percepção de que a IA pode reduzir quadros de pessoal contribui para a altura de escolhas estratégicas entre jovens e trabalhadores em transição. Bouke Klein Teeselink, docente em IA, observa que muitos evitam endividar-se com a licenciatura.
Dados de fontes no Reino Unido indicam que, apesar da redução ligeira das matrículas universitárias, a procura por cursos técnicos mantém-se estável, apoiando a ideia de uma nova geração de profissionais qualificados na construção e áreas associadas.
Nova geração de profissionais
Yaroshenko reforça que a procura por profissionais qualificados cresce devido à idade avançada da força de trabalho atual. Ela prefere ganhar experiência prática rapidamente, em vez de avançar imediatamente para uma licenciatura.
Apoiada pela necessidade de mão de obra prática, a formação técnica surge como caminho seguro para quem pretende iniciar carreira com maior segurança económica, mesmo em ambientes com maior automação.