- O Banco de Portugal prevê saldo nulo nas contas públicas este ano e reduziu o défice para 0,4 por cento do PIB em 2026, no Boletim Económico de dezembro, o primeiro com Álvaro Santos Pereira como governador.
- O relatório admite ainda a possibilidade de um pequeno excedente este ano, caso o Governo faça ajustes.
- O banco continua mais pessimista que o Governo sobre as contas públicas, que prevê excedente de 0,3 por cento este ano e de 0,1 por cento no próximo; o défice está previsto aumentar até 2028 para 1 por cento do PIB.
- Em termos de crescimento, o Banco de Portugal alinha as projeções com o Governo, antecipando 2,0 por cento este ano e 2,3 por cento em 2026, com melhoria face a junho devido ao consumo privado.
- A partir de 2027, o crescimento estabilizará em 1,7 por cento e 1,8 por cento em 2028, devido à redução de fluxos migratórios, com inflação a situar-se em torno de dois por cento.
O Banco de Portugal (BdP) revisou as suas previsões no Boletim Económico de dezembro, o primeiro com Álvaro Santos Pereira na governança. O saldo primário deve manter-se nulo este ano, e o défice de 2026 ficou em 0,4% do PIB, face aos 1,3% previstos em junho. O banco admite a hipótese de pequeno excedente este ano se o Governo ajustar contas.
Apesar da melhoria face a junho, o BdP mantém expectativas mais conservadoras do que o Governo quanto ao défice, que aponta para um excedente de 0,3% este ano e de apenas 0,1% em 2027. O Governo projeta excedentes de 0,3% e 0,1%, respetivamente, para estes períodos, com deterioração até 2028 para 1% do PIB.
Perspetivas de crescimento e inflação
O BdP ajustou o crescimento para 2,0% este ano e 2,3% em 2026, acima do cenário de junho, puxado pelo consumo privado. A partir de 2027, prevê desaceleração para 1,7% e 1,8% em 2028, por redução dos fluxos migratórios. A inflação deve estabilizar em torno de 2% ao longo do horizonte.
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