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Economia além do ranking, revelam análises recentes

O ranking da The Economist não capta a complexidade do desafio económico de Portugal nem revela as reformas estruturais críticas para a produtividade

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  • O ranking da The Economist aponta Portugal como uma das economias mais atrativas do ano, mas a autora diz que isso não reflete a complexidade dos desafios económicos e empresariais nacionais, nem é um indicador fiável.
  • O ranking valoriza indicadores macroeconómicos (crescimento do PIB, inflação, emprego e valorização de mercados) e não considera aspetos como emigração, competitividade e a profundidade do mercado de capitais.
  • O turismo é destacado como motor da economia portuguesa, mas depender dele reúne riscos e a diversificação para uma economia com maior valor acrescentado avança devagar.
  • Em termos de crescimento, Portugal não convergiu com países da coesão e mantém problemas de produtividade, mesmo com fundos recorde e investimento não se traduzindo em ganhos estruturais.
  • Para investidores, importa mais a reforma laboral, a reforma fiscal, o mercado de capitais e a administração pública; o rpelo de reformas é desigual, e o ranking não mudará a vida sem uma agenda reformista firme.

A edição da revista The Economist colocou Portugal entre as economias mais atrativas do ano, mas a autora questiona a fiabilidade do ranking. O artigo sustenta que a lista não reflete a complexidade económica e empresarial que o país enfrenta.

Segundo a autora, os ganhos atribuídos pelo ranking não dependem de decisões nacionais específicas. A análise aponta que a conjuntura europeia e fatores externos influenciam fortemente os indicadores.

O texto explica que o ranking valoriza PIB, inflação, emprego e valorização de mercados. Também aponta que a inflação depende de políticas do Banco Central Europeu e de cadeias de distribuição ainda inacabadas.

Sobre o emprego, o artigo observa que a ausência de desemprego não compensa dificuldades de criação de postos de trabalho, tensões migratórias e baixos níveis de competitividade. O stock de emigração é destacado como indicador preocupante.

A autora destaca o turismo como motor relevante, mas aponta que depender desse setor é arriscado e que a diversificação exige tempo. Questiona-se a sustentabilidade de um crescimento dependente de conjunturas.

Mais do que o ranking, discute-se o crescimento económico de Portugal. A comparação com países da coesão social é vista como fundamental, pois persiste um atraso em produtividade.

O artigo cita ainda fundos europeus como motor de crescimento fraco, com investimentos que não geraram ganhos estruturais em produtividade, custos de contexto ou competitividade abrangente.

Para investidores, aponta-se que reformas laborais, a reforma fiscal, o mercado de capitais e o desempenho do Banco de Fomento são determinantes. A relação entre perceção externa e realidade interna é central.

O texto afirma que o ranking não captura a complexidade dos desafios nem é um motor de mudança. Pode ser celebrado, mas não antecipa o futuro económico de Portugal.

A autora conclui que a transformação virá da reforma da administração pública, de avanços na reforma laboral, de atração de investimento direto estrangeiro e de uma agenda fiscal mais eficaz, não apenas de rankings.

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