- A deterioração da indústria de impressão portuguesa e a claustração das cadeias de distribuição colocam Portugal em risco de ficar sem acesso à imprensa escrita em várias regiões, com impressão já a acontecer em Espanha.
- A crise afeta a regularidade de contacto com o público e implica custos adicionais para a economia nacional, segundo as próprias redações.
- O único operador de distribuição em Portugal, a VASP, pode deixar oito distritos continentais sem jornais e revistas a partir do próximo ano.
- Diretores de vários títulos denunciam a gravidade da situação e apelam a ações urgentes de instituições centrais e locais para manter a imprensa disponível em todo o território.
- O alertar visa defender a comunicação social, a democracia e o emprego de milhares de profissionais, ante o risco de desinformação e redução de acesso a conteúdos em língua portuguesa.
A degradação da indústria de impressão e o retraimento das cadeias de distribuição colocam Portugal numa situação de vulnerabilidade na disponibilização de imprensa escrita. Um alerta público assinado por diretores de várias publicações denuncia que oito distritos poderão ficar sem jornais a partir do próximo ano. O documento exorta à ação urgente para manter a imprensa acessível em todo o território.
O texto toca em dois fenómenos centrais: a cada vez maior dependência de impressão em Espanha e as dificuldades associadas à distribuição nacional, agravadas pela crise da VASP, o único operador de distribuição em Portugal. Os signatários afirmam que a quebra de distribuição pode cortar o acesso a notícias validadas e aumentar a desinformação.
Entre os signatários estão diretores de títulos diários generalistas, semanários, publicações económicas, revistas de informação geral e desportivas. O conjunto de nomes inclui responsáveis de vários jornais e publicações nacionais, que apelam à colaboração entre Estado central e autarquias para evitar o colapso da imprensa.
No texto, é sublinhado o impacto social e económico da imprensa. A perda de circulação afetaria milhares de profissionais do setor, desde jornalistas a técnicos, figurinistas e gráficos. O alerta aponta ainda para o risco de reduzir a língua portuguesa escrita ao longo do território.
A mensagem conclui que manter a imprensa disponível é essencial para a democracia, a economia e a cidadania. Os signatários pedem ações imediatas para assegurar o abastecimento de jornais e revistas em todo o território, evitando o isolamento de comunidades e a propagação de desinformação.
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Filinto Alves Diretor Diário de Notícias; Rafael Barbosa Diretor Jornal de Notícias; Inês Cardoso Diretora-geral editorial Notícias Ilimitadas; Pedro Ivo Carvalho Diretor Volta ao Mundo; Luís Pedro Ferreira Diretor A Bola; Rui Tavares Guedes Diretor Visão; João Vieira Pereira Diretor Expresso; David Pontes Diretor Público; Mário Ramires Diretor Nascer do SOL; Diana Ramos Diretora Negócios; Bernardo Ribeiro Diretor Record; Carlos Rodrigues Diretor Correio da Manhã, Sábado e Sábado Viajante; Nuno Vieira Diretor O Jogo.
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